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10 anos sem um Mestre!

Como identificar o momento exato em que um artista se transforma em mito? Em muitos casos, a resposta a essa pergunta pode estar escondida no passado. Em biografias, discos arranhados, documentários em preto e branco. Quase tudo está lá, arquivado e catalogado.

Para quem investiga a metamorfose do maior símbolo do rock brasileiro. Dez anos depois da morte do personagem principal dessa história, a saga de Renato Russo continua.

Naquela madrugada de 11 de outubro, o Brasil perdeu um defensor incansável da ética – política, sim, mas sobretudo pessoal. A música brasileira precisou conformar-se sem um dos maiores poetas da geração que viu o rock nacional crescer.

Dono de um talento quase incomparável, Renato Russo provou, juntamente com Cazuza, ser possível inserir poesia no Rock. E foi por meio de poesias que Renato falou de amor, corrupção, drogas, entre outros temas.

Difilcimente, pelo rumo que a música atual está sendo levada, voltaremos a ouvir algum artista ter sua obra servindo para questionar a realidade social de nosso país e fazer a sociedade refletir, como em “Pais e filhos” e “Que país e este?”.

Ainda este ano, espera-se a confirmação do filme “Religião Urbana”, A película irá focar Renato, ainda professor em Brasília, partindo de sua formação musical punk, aos 17 anos e da criação de sua primeira banda, o Aborto Elétrico, até sua primeira apresentação no Circo Voador, já como vocal da Legião Urbana, aos 23. Mesmo nesse período de descobrimento, a idéia dos autores é não fugir de temas como homossexualidade e o uso de drogas, que sempre permearam a vida do artista.

Já as películas que abordam músicas da Legião Urbana são há muito esperadas e, se bobear, o próprio Renato Russo já imaginava, quando as escreveu, que dariam ótimos filmes “Faroeste Caboclo”, “Eduardo e Mônica”.

Assim deste modo, espera-se que a obra de Renato Russo nunca seja esquecida e que as novas e próximas gerações carreguem dentro de si o seu legado artístico.

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