Os passeios são fundamentais para a saúde física e mental dos cães, independentemente da idade. Caminhar regularmente contribui para o controle do peso, fortalece os músculos e articulações, além de oferecer estímulos sensoriais importantes, como cheiros, sons e interações sociais.
Para os cachorros idosos, manter uma rotina de passeios é essencial para preservar a qualidade de vida e retardar os efeitos naturais do envelhecimento. Esses momentos ao ar livre também ajudam a prevenir problemas como ansiedade, tédio e sedentarismo.
No entanto, à medida que os cães envelhecem, suas necessidades mudam e os passeios precisam ser ajustados. O corpo do pet passa a responder de forma diferente, com maior sensibilidade a temperaturas extremas, cansaço precoce e eventuais dores articulares. Por isso, é fundamental adotar alguns cuidados específicos para garantir que essa atividade continue sendo prazerosa e segura.
A seguir, confira alguns cuidados com os cachorros idosos durante os passeios!
1. Respeite o ritmo do cachorro
Com a idade, o metabolismo do cachorro diminui, e ele tende a ter menos disposição para atividades físicas intensas. É importante observar atentamente o comportamento do pet durante o passeio, caminhando em um ritmo leve e parando sempre que necessário. Forçar o animal a andar mais do que ele suporta pode causar fadiga, dores musculares e até desmaios.
2. Evite horários de calor intenso
Cães idosos são mais vulneráveis a variações de temperatura, especialmente ao calor. Passear em horários de sol forte pode aumentar o risco de hipertermia, desidratação e queimaduras nas patas.
“Para prevenir queimaduras nas patas, na hora dos passeios ao ar livre, o ideal é caminhar bem cedo, até às 9h ou a partir das 17h, quando as temperaturas não estarão tão altas e o solo terá perdido calor suficiente para não apresentar risco de lesões”, recomenda Fabiana Cabrera Veras, gerente da clínica veterinária Pet de TODOS.
Além disso, deve-se verificar a temperatura do chão: se estiver quente demais para a mão, também estará para as patas do cachorro.
3. Verifique as condições das patas
As almofadinhas plantares dos cães funcionam como amortecedores naturais, mas, com o tempo, podem se tornar mais finas e sensíveis. Isso aumenta a chance de lesões em terrenos ásperos ou muito quentes. Assim, é importante inspecionar as patas antes e depois dos passeios, procurando por cortes, rachaduras ou sinais de dor. Se necessário, o uso de cremes hidratantes específicos ou calçados protetores pode ajudar a evitar machucados.
4. Escolha trajetos planos e seguros
A estabilidade corporal dos cães idosos pode estar comprometida por doenças articulares ou fraqueza muscular. Caminhar em superfícies irregulares ou íngremes pode ser arriscado e causar escorregões ou quedas. Por isso, prefira trajetos planos, com piso regular e sem muitos obstáculos. Parques, calçadas bem conservadas e praças arborizadas são ambientes ideais, pois proporcionam conforto e segurança para o animal.
5. Leve água fresca
A hidratação é um ponto importante durante os passeios, especialmente para cachorros mais velhos, que podem se desidratar mais rapidamente. É importante sempre levar uma garrafinha de água e um potinho portátil, oferecendo líquido em intervalos regulares.
6. Observe sinais de dor ou desconforto
Durante o passeio, é preciso estar atento a qualquer sinal incomum, como mancar, parar repentinamente, sentar-se frequentemente ou relutar em seguir andando. Esses comportamentos podem indicar dor, cansaço ou outros problemas de saúde. Se essas situações se repetirem, é fundamental procurar um veterinário, pois o cachorro pode precisar de medicamentos ou ajustes na rotina.
7. Adapte a frequência dos passeios
Ao invés de longas caminhadas, cães idosos se beneficiam de passeios mais curtos e frequentes. Isso evita o desgaste físico e ainda garante que eles continuem ativos. É possível dividir os passeios em duas ou três vezes ao dia, com duração de 10 a 20 minutos, conforme a disposição do animal.
8. Use coleira e guia adequadas
A coleira ideal para cães idosos é aquela que não machuca nem pressiona regiões sensíveis, como o pescoço ou as articulações. Os modelos peitorais são mais indicados, pois distribuem melhor a força. Já a guia deve ser firme e de tamanho adequado, permitindo manter o controle do animal sem precisar puxá-lo com força. Isso evita acidentes e torna o passeio mais confortável.
9. Faça pausas durante o passeio
Incluir pausas é essencial para o cachorro descansar e recuperar o fôlego, especialmente em dias mais quentes ou após pequenas subidas. Nesses momentos, é possível oferecer água e permitir que o pet fique em um local sombreado. Essas paradas ajudam a prevenir o cansaço extremo e tornam o passeio uma atividade mais prazerosa.
10. Consulte o veterinário regularmente
Cada cachorro idoso tem suas próprias condições de saúde, e o veterinário é o profissional mais indicado para orientar sobre os limites e cuidados específicos durante os passeios. Consultas regulares ajudam a ajustar a rotina do animal, avaliar problemas como obesidade ou dores articulares, e garantir que ele continue passeando com segurança.