Foto: Acervo José Krás Selau
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198 anos de imigração alemã no Litoral Norte Gaúcho: história de coragem e perseverança

A imigração alemã no Litoral Norte Gaúcho completa 198 anos, desde a fundação da primeira colônia em 1826.

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A ideia original veio do então presidente da província e futuro Visconde de São Leopoldo, José Feliciano Fernandes Pinheiro (1774-1847), que já havia estabelecido a colônia de São Leopoldo em 1824.

O objetivo era criar um grande porto que melhorasse as comunicações entre a capital da Província e a do Império, além de facilitar o escoamento da produção local.

No entanto, o porto jamais foi construído.

Em novembro de 1825, Fernandes Pinheiro foi nomeado ministro da Secretaria de Estado dos Negócios do Império, deixando o projeto nas mãos de seus sucessores, os Brigadeiros José Egídio Gordilho de Barbuda e Salvador José Maciel.

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Foi Gordilho de Barbuda quem recebeu a ordem para formar a nova colônia em Torres, datada de junho de 1826.

Ele agiu rapidamente, visitando a colônia de São Leopoldo em julho e enviando um ofício ao Comandante do Distrito das Torres, tenente-coronel Francisco de Paula Soares, para liderar a nova colônia.

A seleção dos colonos começou imediatamente, escolhendo famílias que ainda não haviam recebido lotes, solteiros, descontentes com a colônia de São Leopoldo e recém-chegados à Porto Alegre no navio Generosa.

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Paula Soares elaborou duas listas nominais totalizando 422 pessoas (86 famílias e 64 solteiros).

Em 1º de novembro de 1826, os colonos partiram em cinco iates com destino à nova colônia, viajando pelo Guaíba e Lagoa dos Patos até a embocadura do Rio Capivari, onde continuaram por terra em carroças de bois.

Chegaram a Torres em 17 de novembro de 1826, onde foram divididos conforme suas crenças religiosas.

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Os 237 evangélicos, acompanhados do pastor Karl Leopold Voges, se estabeleceram nas margens do Rio Três Forquilhas, formando a Colônia de Três Forquilhas.

Já os 184 católicos se estabeleceram entre a Lagoa do Morro do Forno e do Jacaré, criando a Colônia de São Pedro de Alcântara.

Cada colono recebeu lotes de 77 hectares, animais domésticos, sementes, subsídios e isenção de impostos por dez anos.

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Pouco após sua chegada, os colonos receberam a visita do Imperador Dom Pedro I (1798-1834), que passava pela região em viagem para Porto Alegre.

Segundo o relato do colono calvinista Valentin Knopf, “quando o imperador esteve de passagem por aqui, deu graciosamente a cada pai de família quatro mil réis”.

A imigração alemã no Litoral Norte Gaúcho deixou um legado duradouro, com comunidades que prosperaram ao longo dos anos.

Esta história de coragem e perseverança é lembrada e celebrada, destacando a importância dos imigrantes alemães na construção da identidade e desenvolvimento da região.

Fontes: Rodrigo Trespach, autor de livros sobre a imigração alemã no Brasil, forneceu informações valiosas para esta narrativa histórica.

198 anos de imigração alemã no Litoral Norte Gaúcho: história de coragem e perseverança

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