4 curiosidades de ‘O Auto da Compadecida’ por Selton Mello
Em 25 de dezembro, todo o Brasil poderá prestigiar a estreia de “O Auto da Compadecida 2”. Assim como no primeiro filme, a direção é do cineasta Guel Arraes. O longa traz de volta uma das duplas mais queridas do país, João Grilo e Chicó.
São inúmeras as curiosidades que marcam essa megaprodução. Algumas tão emocionantes e peculiares ganharam destaque na autobiografia de Selton Mello, que interpreta Chicó. Em “Eu me lembro”, o ator diz que, antes do filme, não havia feito contato direto com Matheus Nachtergaele, que vive João Grilo, e, mesmo assim, “foi um encontro sobrenatural”. Segundo ele, parecia que se conheciam de outras vidas.
Porém, as singularidades desse sucesso das telonas não param por aí. Abaixo, confira mais alguns fatos sobre “O Auto da Compadecida” revelados no livro de Selton Mello!
1. Teste de elenco
Quando Guel Arraes convidou Selton Mello e Matheus Nachtergaele para os papéis de Chicó e João Grilo, não houve teste de elenco, nem havia roteiro. Apenas com a peça escrita, o cineasta teve a certeza de que aquela dupla seria um sucesso. Para o cineasta, cada um tinha o que precisava para os personagens, mesmo ambos sendo reconhecidos por papéis dramáticos.
2. “O Chicó me salvou“
Na época do convite para interpretar um dos personagens icônicos do longa, Selton Mello passava por crise existencial e estava psicologicamente abalado. O papel, conforme escreveu o ator, trouxe a luz e o riso para a sua vida novamente. “Chicó me salvou, salvou a minha vida”.
3. Descobrindo a comédia
Em sua biografia, Selton Mello diz: “Eu não sei onde você viu que eu era o Chicó. Porque, até então, eu nunca tinha sido um ator de comédia”, sobre a decisão de Guel Arraes. O diretor fez com que ele acreditasse que podia fazer esse gênero tão singular. Esse fato foi o ponto de partida para o ator aceitar outros papéis cômicos.
4. Entre diálogo e ações
Guel Arraes tem um jeito muito peculiar de trabalhar, pois descreve as cenas com diálogos e ações. “Chicó fala: ‘Ai meu Deus, eu sou frouxo’. O ‘Ai meu Deus’ cuspindo o bagaço de uma laranja pela janela. O ‘Eu sou frouxo’ acendendo um cigarrinho”. Esse “desenho” de como cada ator deve agir em cena fez com que Selton Mello comparasse atuar com o cineasta com uma “adorável gincana”.
O “Auto da Compadecida 2” estreia no Natal como um presente aos brasileiros. Agora, resta ao público reviver esses icônicos personagens e se divertir. Como resumiu Selton Mello no livro publicado pela Jambô Editora: “Estamos tendo a ousadia e a alegria de voltar a beber naquela fonte. Se o novo filme vai ficar melhor ou pior, não tenho a menor ideia. Mas vamos nos divertir de novo”. Dito isso, já sabemos que boas risadas nos aguardam.
Por Caroline Arnold