A Taxa Selic subiu de 14,25% para 14,75%, conforme decisão anunciada em 07 de maio, após dois dias de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Esta é a sexta elevação consecutiva da taxa básica de juros, principal instrumento utilizado para conter a inflação. Além de ser o maior patamar desde 2006, segundo analistas, a Selic pode ainda atingir 15% ao ano até dezembro.
Para Renan Diego, consultor financeiro, o aumento expressivo da taxa deve alterar o comportamento de consumo dos brasileiros e impactar diretamente suas finanças pessoais. Por isso, confira as principais estratégias para evitar o endividamento durante o cenário desafiador:
1. Comece a ter uma organização das finanças pessoais
A organização das finanças é essencial para evitar o endividamento. “A educação financeira é fundamental, pois é por meio dela que aprendemos a organizar nossas economias, estruturar nossas finanças pessoais e, sobretudo, compreender a psicologia do dinheiro. Isso envolve desenvolver inteligência emocional para lidar com a situação financeira atual, já que, muitas vezes, uma dívida reflete a falta de planejamento e a incapacidade de honrar compromissos de forma organizada”, explica Renan Diego.
2. Se atente ao financiamento
Para Renan Diego, é fundamental criar financiamentos somente quando há chances de arcar com as parcelas, sem que haja o risco da falta de pagamento mesmo em momentos de emergência. A criação de uma reserva financeira é uma boa saída para quem está no processo de quitação de dívidas, já que, mesmo com um orçamento comprometido, é possível realizar o pagamento sem dores de cabeça.
3. Evite as compras por impulso
De acordo com o especialista em finanças pessoais, a dívida em diversos casos vem de um descontrole emocional. “Nas idas a lojas e ao shopping, é importante se perguntar: ‘eu realmente preciso desse item?’, ‘eu já tenho algo parecido em casa?’. Se as respostas fazem analisar que não há qualquer necessidade em comprar aquela peça, é uma saída para evitar uma nova despesa.”
4. Evite as linhas de crédito
Segundo Renan Diego, muitos brasileiros recorrem ao crédito para cobrir despesas essenciais ou emergências do dia a dia, o que pode se tornar um risco quando os custos dessas linhas aumentam. Ainda de acordo com o especialista, há uma tendência de crescimento da inadimplência no país, impulsionada tanto pelo encarecimento dos empréstimos quanto pelo aumento da demanda por crédito. Por isso, ele recomenda, assim como no caso de financiamentos, utilizar o cheque especial somente quando há chances de arcar com as suas taxas e juros.
Por Beatriz de Mello