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4 perguntas e respostas sobre cuidados com animais idosos

Com o avanço da medicina veterinária, a longevidade dos animais de estimação tem aumentado cada vez mais, pois há mais aparatos tecnológicos, tratamentos mais eficazes e uma abordagem mais preventiva. Por outro lado, o envelhecimento dos animais traz novos desafios, especialmente com relação à saúde.

A seguir, Mayara Andrade, médica-veterinária de Guabi Natural, responde às principais dúvidas sobre o tema. Confira!

1. Quando o cão ou gato é considerado idoso? 

Segundo a médica-veterinária, no caso dos cães, as fases de vida podem variar dependendo de alguns fatores, como o porte. “Em geral, nós consideramos idosos os cães entre sete e oito anos, de porte mini e pequeno; a partir de sete anos, os de porte médio; e a partir de cinco anos, os de porte grande e gigante”, explica. Em relação aos gatos, eles iniciam seu processo de envelhecimento a partir dos sete anos, sendo considerados seniores a partir dos 10 anos. 

2. Quais são as doenças mais comuns em pets idosos? 

Em cães, por exemplo, a Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC), conhecida como “Alzheimer dos cães”, é considerada uma das doenças neurodegenerativas mais comuns para os idosos. “Estudos mostram que a Síndrome da Disfunção Cognitiva acomete de 14 a 35% da população de cães, sendo 8% dos animais entre 11 e 12 anos e 68% entre 15 e 16 anos. Mas ela também pode acometer os gatos. Neles, a doença é mais frequente nos felinos com mais de 12 anos”, explica Mayara Andrade. 

Entre os sintomas da SDC, estão confusão mental, ansiedade (andar em círculos de modo compulsivo), alteração no ciclo do sono-vigília e baixa interação. “Os tutores precisam ficar atentos a sinais de que o animal parece desorientado, latir ou miar sem motivo aparente, ou ter dificuldades na realização de tarefas que antes eram simples, como subir no sofá ou encontrar a comida. Essas mudanças podem indicar doenças neurodegenerativas”, completa a médica-veterinária.

Além das doenças neurodegenerativas, cães e gatos idosos podem enfrentar outros problemas comuns, como na parte óssea e articular, doenças cardíacas e renais, entre outras.  

Gato da raça savannah comendo
Alimentos desenvolvidos para os animais idosos atendem às necessidades nutricionais dessa fase (Imagem: Heidi Bollich | Shutterstock)

3. Qual é o papel da alimentação na prevenção de doenças? 

Segundo Mayara Andrade, não só no tratamento das doenças neurodegenerativas como na prevenção de qualquer enfermidade, a alimentação tem um papel essencial. “No caso da Síndrome da Disfunção Cognitiva, alimentos que tenham em sua composição, por exemplo, fontes ricas em DHA, um tipo de ômega 3, podem ajudar na prevenção e até no tratamento dela, já que estudos mostram que o DHA está ligado a melhora das funções cognitivas”, explica.

Assim que chegam à senioridade, estes animais precisam receber o alimento adequado. A profissional explica que há, no mercado, alimentos desenvolvidos para os animais idosos, que vão atender às necessidades nutricionais dessa fase de vida. Uma boa opção, segundo ela, são os alimentos Super Premium Naturais, produzidos com ingredientes naturais selecionados e nutrientes essenciais que os pets necessitam.  

“Os alimentos formulados para os idosos têm uma série de nutrientes que, em conjunto, podem melhorar a função cerebral e a atividade cognitiva desses animais, evitando alguns sintomas de envelhecimento que alteram o comportamento ou a manutenção de massa muscular”, completa. 

4. Quais são os principais cuidados com pets idosos? 

Segundo Mayara Andrade, o acompanhamento veterinário regular, com check-ups recorrentes, é essencial para detectar precocemente qualquer alteração na saúde dos animais, seja idoso ou não. Conforme a profissional, no caso dos mais velhos, é importante também adaptar a rotina e o ambiente para eles.  

“Cuidar de um animal idoso vai além de tratar doenças. É importante proporcionar conforto, como caminhadas mais leves e acessíveis, evitar pisos escorregadios e garantir que ele tenha uma rotina tranquila, com atividades físicas moderadas e adequadas à sua condição”, finaliza.

Por Roberta Muller

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