A fáfia (Pfaffia glomerata), popularmente chamada de “ginseng brasileiro”, é uma planta nativa da América do Sul, especialmente presente na região amazônica. Ela é bastante valorizada na medicina popular por seus efeitos benéficos à saúde. Costuma ser recomendada para aumentar a vitalidade, reduzir desconfortos e favorecer o equilíbrio do corpo e da mente.
Veja, abaixo, 5 benefícios da planta fáfia para a saúde e como usá-la!
1. Ação antioxidante
Entre os componentes da fáfia, destacam-se os antioxidantes, que ajudam a proteger as células dos radicais livres, moléculas que em excesso podem acelerar o envelhecimento e aumentar o risco de doenças crônicas. O uso regular da planta contribui para a saúde das células e dos tecidos, trazendo benefícios para a pele, os níveis de energia e o bem-estar geral.
Inclusive, no estudo “Extraction of phenolic compounds from Pfaffia glomerata leaves and evaluation of composition, antioxidant and antibacterial properties”, publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciências, os pesquisadores identificaram que o extrato da fáfia apresenta ácidos fenólicos, flavonoides e β-ecdisona em sua composição, além de atividade antioxidante e antibacteriana.
2. Ajuda a aliviar o estresse
A fáfia é considerada um adaptógeno natural, ou seja, uma substância que ajuda o organismo a lidar melhor com situações de estresse físico, emocional e mental. Ela atua equilibrando o eixo hormonal responsável pela resposta ao estresse. Seu uso regular pode contribuir para a redução da ansiedade, melhora do humor, aumento da concentração e da resistência ao cansaço, tanto físico quanto mental.
3. Ação analgésica e anti-inflamatória
A raiz de fáfia possui efeito anti-inflamatório e analgésico, sendo útil para auxiliar no tratamento de dores crônicas, como artrite, dores musculares ou lesões esportivas. Ela ajuda a reduzir o inchaço e a sensibilidade nas articulações, além de melhorar a recuperação após exercícios físicos intensos.
A partir de testes em animais, o estudo “Analgesic and anti-inflammatory activity of a crude root extract of Pfaffia glomerata (Spreng) Pedersen“, publicado no Journal of Ethnopharmacology, confirma que o extrato da raiz da fáfia apresenta efeitos contra a dor e a inflamação, semelhantes aos de anti-inflamatórios não esteroides, como a indometacina. Acredita-se que sua ação esteja relacionada à inibição da produção de prostaglandinas, substâncias que causam dor e inflamação no organismo.
4. Alívio dos sintomas da TPM
A fáfia pode ser uma aliada importante para as mulheres durante o período de tensão pré-menstrual (TPM). Isso porque sua ação anti-inflamatória contribui para o alívio de sintomas frequentes nessa fase, como as cólicas menstruais, dores nas mamas e a retenção de líquidos.
5. Ação antibacteriana natural
A ação antibacteriana da fáfia também foi evidenciada no estudo “Extraction of phenolic compounds from Pfaffia glomerata leaves and evaluation of composition, antioxidant and antibacterial properties”. A planta contém compostos com ação antibacteriana que ajudam a combater bactérias nocivas ao organismo.
Essa propriedade torna a planta uma aliada na prevenção e no tratamento auxiliar de infecções leves, como problemas respiratórios, infecções de garganta ou até desequilíbrios da flora intestinal causados por bactérias.
Como usar a fáfia
A fáfia é uma planta versátil e pode ser incorporada de várias formas ao dia a dia. Veja algumas opções práticas:
- Chá de fáfia: feito com a raiz seca, pode ser consumido quente ou gelado ao longo do dia;
- Cápsulas: encontradas em farmácias de manipulação ou lojas de produtos naturais;
- Tintura: forma concentrada em gotas, ideal para quem busca praticidade e absorção rápida;
- Infusões combinadas: use com outras ervas, como camomila ou hortelã, para potencializar os efeitos.
Consumindo a fáfia com segurança
O uso da planta fáfia não é recomendado para gestantes, lactantes, crianças e pessoas com pressão alta ou doenças autoimunes. Ela também pode interagir com medicamentos. Em excesso, pode causar insônia, náuseas e agitação. Por isso, deve ser usada com moderação e com orientação médica. Além disso, seu uso não deve substituir o tratamento e o acompanhamento profissional.