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5 dicas para um plano de estudos produtivo

Estabelecer um plano de estudos produtivo é essencial para quem deseja maximizar o aprendizado e alcançar resultados satisfatórios. Uma rotina bem estruturada e adaptada às necessidades do estudante contribui para um melhor aproveitamento do tempo e para uma absorção mais eficaz dos conteúdos.

Ao incorporar técnicas de organização e métodos que promovem o bem-estar, é possível equilibrar as horas de estudo com os necessários momentos de descanso. Dessa forma, o aprendizado se torna mais leve e contínuo. A seguir, veja 5 dicas para montar seu plano de estudos!

1. Cronograma de estudos possível de ser seguido à risca

Para manter a motivação elevada nos dias que antecedem a prova, criar e seguir um plano de estudos é essencial. Madson Molina, coordenador do Curso Anglo, recomenda que o estudante estabeleça uma rotina que siga à risca. Segundo ele, ter um cronograma bem-estruturado é fundamental para aproveitar os últimos dias de preparação de forma eficiente.  

“A primeira análise a ser feita, antes de criar esse planejamento, é sobre quais dias da semana o vestibulando se propõe a estudar. Depois, o indicado é checar quais são os períodos destinados ao estudo (manhã, tarde, noite). Posteriormente, como serão ‘fatiados’ esses períodos, indicando o tempo exato de estudo para cada disciplina”, explica.  

A consultora pedagógica da Rede Pitágoras, Cristina de Souza Silva, acrescenta que a revisão constante dos conteúdos é essencial para consolidar o aprendizado. Ela sugere que os estudantes revisem os tópicos ao longo do ano e, na fase final, reforcem os pontos que exigem mais atenção. “Grupos de estudo e orientação de professores podem ser de grande ajuda para esclarecer dúvidas e corrigir lacunas no conhecimento”, afirma. 

2. Técnicas de concentração 

De acordo com um estudo da Associação Americana de Psicologia, estratégias de mindfulness, como a meditação e a respiração diafragmática, podem melhorar a concentração e reduzir a ansiedade. Durante a preparação para os vestibulares, técnicas de respiração e meditação guiada se mostram como possíveis recursos para manter a mente centrada. 

A respiração diafragmática envolve inspirar profundamente pelo nariz, observando a expansão do abdômen, e expirar lentamente pela boca. Já a meditação guiada pode ser facilitada por aplicativos específicos, permitindo que a prática seja simples e acessível. “É recomendável começar com sessões de 5 minutos e, à medida que a concentração melhora, aumentar gradualmente o tempo”, comenta Nathalia Pinho, autora do material didático do Sistema de Ensino pH. 

Para Rinaldo Lamare Quaresma, coordenador do pré-vestibular do Fibonacci Sistema de Ensino, é crucial que os estudantes mantenham a calma na hora de realizar a prova. Técnicas de respiração, como a respiração profunda, são eficazes para manter o foco e a calma. “O importante é não se deixar pressionar pela dificuldade das questões, pois a tranquilidade é fundamental para um bom desempenho”, destaca o especialista. 

Além disso, Rinaldo Lamare Quaresma sugere iniciar a prova pelas questões mais simples, deixando as mais complexas para o final. Esse método cria conexões entre as questões, o que pode facilitar o raciocínio em desafios subsequentes. 

Rapaz estudante com notebook e fazendo anotações
O uso de técnicas personalizadas permite que cada aluno encontre o melhor estilo de aprendizado para suas necessidades (Imagem: Arsenii Palivoda | Shutterstock)

3. Metodologia personalizada na preparação para vestibulares 

De acordo com Rafael Antunes, diretor da unidade Mooca da Escola Vereda, é importante ter métodos de estudo personalizados para cada aluno, considerando as diferentes aptidões e áreas do conhecimento. “É fundamental que cada estudante experimente e entenda quais métodos mais se adequam ao seu estilo de aprendizagem”, comenta. 

Para ele, manter o foco nos estudos é um desafio, especialmente com as distrações tecnológicas atuais. Por isso, recomenda métodos práticos para melhorar a concentração, como: 

  • Método Pomodoro: alternar períodos de foco intenso com pequenos intervalos para ajudar a manter o cérebro “fresco” e motivado;
  • Ciclo de estudos: estabelecer uma sequência de disciplinas ou temas para estudar de forma organizada.  

Evelyn Blaty, professora de Matemática do pré-universitário do Colégio Rio Branco, orienta os alunos a focarem revisões pequenas e objetivas, começando pelos temas que dominam para fortalecer a confiança. “Esse é o momento para revisões pequenas, mas eficientes”, explica.

A professora recomenda que o foco seja no entendimento dos conceitos mais do que na memorização de fórmulas. Ela também sugere priorizar os temas recorrentes nas provas passadas de matemática, em que a prática constante é essencial. 

No dia do exame, Evelyn Blaty aconselha os estudantes a começarem pelas questões mais fáceis para reduzir a ansiedade e ganhar confiança. “Organize o tempo entre as questões, reservando as mais difíceis para o final”, orienta. 

4. Cuidado com a saúde física e mental  

A saúde física e mental deve ser priorizada, especialmente nos dias que antecedem as provas. Cristina de Souza Silva, consultora pedagógica da Rede Pitágoras, também ressalta que “estudar de forma exaustiva, virando noites e abusando de café ou energéticos, prejudica o organismo e reduz a capacidade de aprendizagem e retenção de conteúdos”. Estudos indicam que noites maldormidas afetam negativamente a memória e o raciocínio, fatores fundamentais para o sucesso no exame. 

Manter uma rotina de sono de qualidade, alimentar-se de forma equilibrada e praticar exercícios físicos leves, como caminhadas, são medidas recomendadas para preservar a saúde e garantir que o corpo e a mente estejam preparados para o desafio do vestibular.  

5. Preparação para universidades no exterior 

O processo de admissão para universidades no exterior é mais diversificado e multifacetado em comparação aos vestibulares brasileiros. Enquanto o vestibular nacional muitas vezes se concentra em avaliar o conhecimento acadêmico dos estudantes por meio de provas escritas, as universidades internacionais buscam uma compreensão mais ampla do perfil e potencial do candidato.  

“As instituições estrangeiras valorizam uma variedade de competências e experiências que os estudantes podem oferecer. Isso inclui atividades extracurriculares, que demonstram habilidades de liderança, trabalho em equipe e comprometimento com a comunidade”, afirma Lucas Sousa, coordenador de Orientação Universitária e de Carreira na Beacon School. Além disso, o coordenador adiciona que projetos pessoais, como o voluntariado e hobbies, também são considerados, pois revelam paixões e interesses que vão além do currículo escolar. 

Por Amanda Barbosa

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