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6 benefícios da abobrinha para a saúde e como incluí-la na dieta

A abobrinha é um vegetal versátil que pertence à família Cucurbitaceae, a mesma das abóboras e dos pepinos. Existem diversas variedades, incluindo a abobrinha italiana (Cucurbita pepo var. cylindrica), a abobrinha redonda (Cucurbita pepo var. giromontiina), a abobrinha amarela e até híbridos que combinam características diferentes. Embora todas compartilhem valores nutricionais semelhantes, cada uma possui pequenas variações em sabor, textura e concentração de nutrientes.

Seja na versão verde-clara, escura ou amarela, a abobrinha é um alimento leve e repleto de vantagens para a saúde. Descubra 6 benefícios desse vegetal e como incluí-lo de forma prática no dia a dia!

1. Contribui para a hidratação e tem poucas calorias

A desidratação pode causar fadiga, dores de cabeça e prejudicar o funcionamento do organismo. Por isso, além do consumo de água, ingerir alimentos ricos em água é essencial para manter o corpo hidratado e equilibrado. A abobrinha se destaca nesse aspecto, pois contém 96,5% de água e apenas 14 kcal por 100 g, sendo uma excelente escolha para quem deseja uma alimentação leve e nutritiva.

Além de ajudar na hidratação, esse vegetal é ideal para quem busca controlar o peso, pois oferece volume às refeições sem acrescentar muitas calorias. Seu alto teor de água também favorece a digestão e auxilia no funcionamento intestinal.

2. Fortalece o sistema imunológico

Ter um sistema imunológico fortalecido é essencial para evitar infecções e outras doenças. A abobrinha contribui para essa defesa natural por conter vitamina C e ferro, dois nutrientes importantes para a resposta imunológica.

De acordo com a tabela nutricional do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), 100 g de abobrinha italiana fornecem 17,9 mg de vitamina C, um nutriente essencial para a produção de glóbulos brancos, responsáveis por combater microrganismos invasores. Além disso, a vitamina C atua como antioxidante, protegendo as células contra danos e ajudando a reduzir processos inflamatórios.

O ferro, presente na quantidade de 0,4 mg por 100 g, é fundamental para a formação da hemoglobina, proteína que transporta oxigênio pelo corpo. Quando há deficiência desse mineral, a imunidade pode ser comprometida, deixando o organismo mais suscetível a infecções.

3. Ajuda a reduzir inflamações no corpo

A inflamação crônica pode estar associada a diversas condições de saúde, como artrite, doenças autoimunes e problemas intestinais. Alguns compostos naturais presentes na abobrinha podem contribuir para a redução desses processos inflamatórios.

Um estudo publicado na revista Fitoteraphy, intitulado “Two new ent-kaurane-type diterpene glycosides from zucchini (Cucurbita pepo L.) seeds“, analisou as sementes da abobrinha (Cucurbita pepo L.) e identificou compostos chamados diterpenos e esteroides, que possuem ação anti-inflamatória.

Os pesquisadores testaram essas substâncias em células do sistema imunológico de camundongos e observaram que elas reduziram a produção de óxido nítrico (NO), um composto inflamatório. Esses achados sugerem que o consumo de abobrinha pode ter efeitos positivos na regulação da inflamação no corpo. Embora o estudo tenha sido conduzido em modelos experimentais, ele destaca o potencial desse vegetal para auxiliar na manutenção da saúde.

A abobrinha possui compostos antioxidantes capazes de beneficiar o organismo (Imagem: New Africa | Shutterstock)

4. Atua na proteção celular

A exposição a radicais livres pode causar danos ao DNA e favorecer o desenvolvimento de doenças degenerativas, incluindo o câncer. Por sua vez, determinados compostos antioxidantes da abobrinha podem ajudar a proteger as células contra esses efeitos prejudiciais.

Um estudo publicado na revista Nutrients, intitulado “Role of Zucchini and Its Distinctive Components in the Modulation of Degenerative Processes: Genotoxicity, Anti-Genotoxicity, Cytotoxicity and Apoptotic Effects“, avaliou os impactos da abobrinha em células humanas e em um modelo biológico com a mosca Drosophila melanogaster.

Os resultados indicaram que os compostos presentes no vegetal ajudaram a reduzir os danos ao DNA e inibiram o crescimento de células cancerígenas HL60 (leucemia). Embora mais pesquisas sejam necessárias para entender melhor esses efeitos, o estudo sugere que a abobrinha pode desempenhar um papel benéfico na proteção celular.

Contudo, é importante lembrar que o consumo da abobrinha não substitui o acompanhamento e o tratamento médico, bem como bons hábitos de vida.

5. Pode ter efeito neuroprotetor contra Parkinson

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta os movimentos e a coordenação motora. Algumas pesquisas indicam que compostos bioativos da abobrinha podem contribuir para a proteção dos neurônios.

Por exemplo, o estudo “Antiparkinsonian activity of Cucurbita pepo seeds along with possible underlying mechanism“, publicado na revista Metabolic Brain Disease, investigou o efeito das sementes de abobrinha em ratos com Parkinson induzido. Os pesquisadores observaram que o extrato metanólico das sementes melhorou a função motora dos animais, aumentou os níveis de enzimas antioxidantes e reduziu os marcadores de estresse oxidativo.

Além disso, análises moleculares mostraram que os compostos bioativos da abobrinha interagem com a proteína acetilcolinesterase (AchE), sugerindo um possível efeito neuroprotetor. Os achados são promissores, e estudos futuros podem ajudar a entender melhor como a abobrinha pode ser utilizada na saúde cerebral.

6. Ajuda na prevenção a doenças cardíacas

As doenças cardiovasculares se referem a uma das principais causas de morte no mundo, sendo a hipertensão arterial e os altos níveis de colesterol fatores de risco significativos. A alimentação tem um impacto direto na saúde do coração, e incluir a abobrinha na dieta pode contribuir para a prevenção desses problemas.

Isso porque a abobrinha contém pectina, um tipo de fibra solúvel que auxilia na redução dos níveis de colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”. Um estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition, intitulado “Cholesterol-lowering properties of different pectin types in mildly hyper-cholesterolemic men and women“, demonstrou que a ingestão de pectina pode reduzir os níveis de colesterol LDL em até 7% em pessoas com hipercolesterolemia leve. Esse efeito ocorre porque a fibra solúvel forma um gel no intestino, dificultando a absorção do colesterol.

Além disso, a abobrinha é rica em potássio, mineral essencial para a regulação da pressão arterial. Ele atua dilatando os vasos sanguíneos, facilitando o fluxo sanguíneo e reduzindo a sobrecarga no coração. Logo, por conter fibras e potássio, a abobrinha pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas ao controlar fatores como colesterol alto e pressão arterial elevada.

Contudo, é importante lembrar que o consumo da abobrinha não substitui o acompanhamento e o tratamento médico, bem como bons hábitos de vida.

Como incluir a abobrinha na dieta

A abobrinha é um vegetal versátil que pode ser incorporado às refeições de diversas formas, garantindo a ingestão de nutrientes essenciais como vitamina C e ferro. Seu sabor suave permite combinações variadas, desde pratos quentes até opções frescas. Veja:

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  • Refogada: cozida rapidamente com azeite, alho e ervas para acompanhar carnes, arroz ou feijão;
  • Em sopas e cremes: adicionada a sopas e cremes para um toque nutritivo e textura cremosa;
  • Ralada em saladas: consumida crua para preservar ao máximo seus nutrientes;
  • Em massas e lasanhas: substituindo a massa tradicional por fatias finas ou espaguete de abobrinha;
  • Assada ou grelhada: cortada em rodelas e preparada no forno ou na frigideira com temperos.

Embora a abobrinha seja um alimento nutritivo e bem tolerado pela maioria das pessoas, algumas podem apresentar sensibilidade a certos compostos do vegetal. Para quem tem restrições alimentares ou condições específicas de saúde, é sempre recomendável consultar um profissional antes de fazer mudanças na dieta.

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