7 dicas para utilizar os simulados de forma efetiva nos estudos
Para se preparar de forma adequada para o Enem e para os diversos vestibulares, a individualidade é peça-chave nesse processo. Nesse sentido, as necessidades, a rotina e os objetivos de cada vestibulando precisam ser considerados no caminho rumo à aprovação.
Entretanto, existe um elemento que não deve ficar de fora da rotina de estudos de nenhum aluno: o simulado. A prática da realização de provas é indispensável para os vestibulandos, de acordo com o professor Michel Arthaud, professor de Química da Plataforma Professor Ferreto.
Importância dos simulados
Os simulados são a única forma de você testar se o conhecimento teórico foi realmente absorvido. “Mas a ‘prova’, por si só, não quer dizer muita coisa e merece uma atenção extra. Às vezes, o aluno está ali, de uma forma imatura escolhendo qualquer alternativa e simplesmente marcando, e só isso não é o suficiente para garantir melhora no desempenho”, explica o docente.
Pensando nisso, o professor Michel Arthaud lista 7 dicas para ajudar os estudantes que ainda não sabem como usar os simulados de maneira realmente efetiva:
1. Fortaleça sua base teórica
Para evitar o sentimento de desmotivação ao olhar para as questões e perceber que não se compreende nada – ou muito pouco – do conteúdo, é essencial que a teoria esteja fixa na memória do aluno. Assistir a videoaulas, fazer resumos e mergulhar em leituras são excelentes exemplos de como fortalecer a base teórica.
”Muitas vezes, o treineiro dá um passo maior que a perna ao tentar pular direto para os exercícios. Antes de qualquer coisa, foque o conteúdo, entenda e estude, invista o seu tempo naquilo que está lhe faltando”, aconselha o professor.
2. Utilize provas anteriores como referência
Para obter bons resultados no vestibular, utilize provas dos anos anteriores para fazer os simulados. Leia as questões, estude por meio delas e tente respondê-las, pois, geralmente, as perguntas seguem o mesmo formato. Isso permite que você se acostume com o estilo do exame, evitando surpresas no dia da avaliação.
3. Cronometre o tempo das provas
O termo “simulado” não é à toa. O estudante precisa, de fato, simular que está realizando uma prova, e definir um tempo limite é extremamente importante para ir se adaptando à pressão dos vestibulares e para pegar o ritmo dos exames. Estes, normalmente, disponibilizam uma média de 3 ou 4 minutos por questão. Ao cronometrar os minutos utilizados para cada questão e escrita da redação, o aluno adquire uma experiência que faz toda a diferença lá na frente, conforme destaca o professor.
4. Analise as questões minuciosamente
Esse ponto é sempre válido de “puxões de orelha”, pois é muito comum haver situações em que o estudante sabe a resposta correta, mas, por falta de atenção, acaba marcando a alternativa errada. “Nada de deixar a ansiedade falar mais alto, respire, leia o enunciado, faça uma breve reflexão sobre as alternativas e, aí sim, marque a alternativa”, recomenda.
Fazer um simulado “por fazer”, sem se dedicar verdadeiramente ao teste – que não é só de conhecimento, mas físico e psicológico também – não irá te ajudar a evoluir. Parece óbvio, mas o aluno precisa depositar toda sua dedicação e seriedade nesse momento.
5. Invista na correção
Simulado respondido, acabou o trabalho? Não! O professor de química ressalta que a correção é a etapa de maior relevância durante todo o processo. Nessa etapa, a cada acerto ou erro, é preciso se questionar o que o fez chegar àquela resposta.
O docente considera que essa é a etapa mais trabalhosa, mas é esse ponto de virada de que os treineiros precisam para se tornarem cada vez melhores. “Contabilizar quantas questões tiveram um resultado positivo e negativo e, assim, mapear onde as dificuldades estão persistindo”, aponta ele.
6. Se necessário, volte para a teoria
Após a correção, se o aluno perceber que não atingiu o resultado esperado, é preciso refletir sobre o que pode ter prejudicado o desempenho. Em alguns casos, o estudante pisa na bola por conta do nervosismo, da pressa, ou simplesmente porque algum conteúdo não foi totalmente absorvido. A partir disso, é criada a consciência do que precisa ser aperfeiçoado.
Ao longo da jornada até a aprovação, a teoria será revisitada diversas vezes. “Uma frase que tem que ficar guardada na cabeça é: errar é bom, é no erro que a gente aprende. Se você só acertar, isso não vai te fazer bem, porque você vai acabar tendo a falsa impressão de que sabe de tudo. Agora, se você erra e verifica o motivo, é aí que você nota que conseguirá superá-lo e crescer através disso” comenta Michel Arthaud.
7. Faça relatórios
Depois de realizar o simulado, recomenda-se que o estudante faça um relatório para analisar detalhadamente o seu desempenho em cada disciplina. Isso permite identificar os pontos que precisam ser melhorados, acompanhar o progresso e aumentar a autoconfiança para o exame oficial.
Por Juliana Calanca