Inicia o Horário de verão
Esta 34ª edição do horário brasileiro de verão atinge regiões onde há aproveitamento mais eficiente da luz solar nessa época do ano, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a previsão é que a economia no consumo em todo o país fique entre 4% e 5% no horário de pico, o que representa cerca de 2 mil megawatts (MW). Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a redução estimada na demanda é da ordem de 1.745 MW, o que equivale ao dobro da carga de consumo de pico de Brasília.
Já na Região Sul, a economia deverá alcançar 522 MW, o correspondente ao triplo da carga de pico de Florianópolis (SC). Segundo o presidente do Grupo CEEE, Delson Luiz Martini, o horário de verão vem amenizar os efeitos de crescimento do consumo nos períodos de maior demanda ao longo do dia, através do desencontro do uso da energia elétrica pelos diferentes segmentos de consumidores. Com isso, alivia o sistema elétrico brasileiro nesses momentos de pico. Martini ressalta que o Rio Grande do Sul economizará cerca de 46,5 MWh, o equivalente ao consumo anual do município de Capão da Canoa, que tem população de 36 mil habitantes.
Demanda máxima
A demanda máxima esperada pelo Grupo CEEE para o próximo verão é de 4.865 MW, o que deve ocorrer entre os meses de fevereiro e abril de 2008, época em que os termômetros registram temperaturas superiores aos 35ºC, elevando o consumo de energia. O último recorde registrado pela Companhia no Estado ocorreu no dia 30 de março de 2007, às 14h30min, quando a temperatura era de 35ºC. Naquela data, o Centro de Operação do Sistema da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica detectou uma demanda de 4.668 MW.
Na área de atuação da CEEE-D, responsável pelo atendimento a 72 municípios das regiões Sul e Sudeste do RS, a economia será de cerca de 17 mil MW/h, que equivalem a dois meses de consumo de energia em Bagé, onde vive uma população superior a 122 mil habitantes. A CEEE é responsável pela geração hidrelétrica em 16 usinas, pelo transporte da energia a todas as regiões do Estado e pelo atendimento direto a 1,38 milhão de consumidores.
Instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932, o horário especial vigora anualmente, desde 1985. No Rio Grande do Sul, ao contrário do restante do país, a máxima demanda de energia (pico de consumo) tem sido registrada no horário da tarde (entre 14h e 16h), quando há uma coincidência de atividades, em conjunto com as cargas de refrigeração utilizadas por todos os segmentos de consumo, intensificadas nos dias mais quentes.