Exame de sangue poderia prever o mal de Alzheimer
Cientistas americanos desenvolveram um exame de sangue que poderia servir para determinar, com até seis anos de antecipação, a aparição do mal de Alzheimer.
O estudo, divulgado na revista “Nature Medicine”, é resultado do trabalho de uma equipe de pesquisadores da University School of Medicine, da Califórnia, nos Estados Unidos, e poderia ajudar na elaboração de um tratamento precoce contra a doença.
Segundo os cientistas, o exame é seguro em 100% dos casos, por isso poderia ter um forte impacto no diagnóstico e tratamento do tipo de demência senil mais propagado.
Uma das maiores dificuldades existentes até agora era determinar se as falhas de memória de caráter leve são indicativos de uma deterioração mental severa.
O exame em questão permite identificar certas transformações em um grupo de proteínas no sangue que servem para transportar as mensagens.
“Do mesmo modo que um psiquiatra pode deduzir muitas coisas escutando as palavras de um paciente, 'escutando' diferentes proteínas podemos ver que algo não funciona com as células”, afirmou um dos autores do estudo, Tony Wyss-Coray.
“É excitante. Acho que tem um potencial enorme”, afirmou o diretor do Gladstone Institute of Neurological Disease da Universidade da Califórnia, professor Lennart Mucke.