Vida & Saúde

Terapia comunitária avança em Balneário Pinhal

A Secretaria de Assistência Social de Balneário Pinhal está investindo forte no programa de terapia comunitária. Trata-se de um espaço onde a comunidade se reúne para falar de seus problemas, de suas dificuldades e de suas realizações. “A comunidade tem problemas, mas também têm suas soluções”, afirma a secretária Neusa Kunrath. Segundo ela, é necessário que as pessoas se unam e escutem umas às outras. “Cada um tem um saber, seja construído com sua experiência de vida ou vinda dos antepassados. É disto que a terapia comunitária se constitui. A qualidade da sessão da terapia será proporcional à qualidade da escuta”.

Segundo Neusa, existem alguns critérios para os encontros que são muito importantes, para o sucesso dos trabalhos. Uma das regras é saber fazer silêncio. Outro critério importante é falar da própria experiência, daquilo que cada um vivencia, do que nos faz sofrer, bem como daquilo que ajudou a superar as dificuldades. “Não estamos no grupo para dar conselhos, fazer discursos ou sermões, ou ainda julgar, mas, sim, para falarmos de nossas vivências e aprendermos com as experiências dos outros”, afirma a secretária. Segundo ela, é fundamental que todos respeitem a história de cada um, pois o lugar da terapia comunitária é um espaço de escuta, de compreensão do sofrimento do outro. “Ao participarmos da terapia temos a chance de criar amizades, melhorar nossos laços afetivos e a nossa auto-estima.”

A participação nos encontros de Terapia Comunitária é uma condicionalidade da Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Habitação para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. Os grupos estão acontecendo regularmente a cada dia com mais resultados positivos e melhoras muito significativas na comunidade, segundo avaliação da Secretaria. “Não temos um tema em específico, mas a cada semana vemos as mudanças de atitudes, comportamentos e ampliação de consciência. O que nos permite dizer que está atingindo a comunidade. Enquanto antes víamos as pessoas chegar cabisbaixas e com dificuldades ate mesmo para olhar para seu grupo hoje percebemos diferença na freqüência semanal dos beneficiários e comunidades em geral”.

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