Aquarela da vida! – Por Renato Eduardo
Outro dia um grande amigo, me mandou a Música do Toquinho, Aquarela do Brasil, e confesso que, apesar de conhecer de longa data, ainda não tinha prestado atenção à letra toda, e foi como um turbilhão e um misto de sentimentos ao me deparar com aquela letra simplesmente maravilhosa e reflexiva, me vi pensando sobre a aquarela da vida, sobre a minha aquarela.
No início, ele, o compositor nos mostra muitas coisas que podemos fazer, um sol amarelo, um castelo, guarda-chuva, gaivota, viagens, um avião que viaja pelo mundo, um navio de partida com bons amigos, mas em uma determinada hora, ele fala que o menino chega em um muro, e quero citar ipsis litteris a parte final da música:
“Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
Depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá”.
Me peguei chorando e pensando em tudo que já construí, e que ainda quero construir, que um dia simplesmente, descolorirá.
Assim é a vida, estamos aqui de passagem, e que nesta passagem, possamos nos envolver com coisas que não descolorirão, as coisas que realmente são importantes na vida!
Comece hoje, daqui a um ano, você irá se arrepender de não ter iniciado agora!
Te vejo no topo!
Renato Eduardo.