Geração de empregos em 2007 foi a maior em 42 anos
O número de empregos com carteira assinada em 2007 bateu o recorde desde que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi criado, em 1965.
Foram 1.617.392 postos de trabalho – um crescimento de 31,6% em relação a 2006. No acumulado do ano, registrou-se um crescimento de 5,85% no número de trabalhadores com emprego formal. O percentual supera o estimado para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) no período, que aponta para 5,2%. O PIB é a soma das riquezas produzidas no país.
Entre os setores que mais geraram empregos no ano passado, serviços ficou em primeiro lugar, com a criação de mais de 587 mil postos, crescimento de 5,29% e recorde da série histórica.
Em seguida, veio o comércio, com mais de 405 mil postos de trabalho, aumento de 6,56% e recorde para o período. Em terceiro lugar ficou a construção civil, com a criação de mais de 176 mil vagas, aumento de 13,08% e a maior taxa entre os setores. Além disso, também ficou com o melhor resultado da série do Caged.
O setor de agropecuária, que fechou 2005 com crescimento negativo de 12.878 postos, continuou com a tragetória de crescimento de 2006, quando o crescimento foi de 0,46%, e terminou 2007 com a geração de mais de 21 mil empregos.
Outro setor que chamou a atenção é o da indústria de calçados, responsável pela contratação de pouco mais de 9 mil trabalhadores, recuperação considerada expressiva, já que o saldo em 2006 foi negativo (-401 postos).
“Esta é uma prova da força da economia interna, porque o mercado consumidor de calçados é o brasileiro e enfrentamos uma forte concorrência com a China”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que fez projeções para 2008.
“Vai ser melhor que 2007. Acho que vamos ter um crescimento econômico maior que 6% e a geração de empregos deve ficar em 1,8 milhão, podendo chegar a 2 milhões – um crescimento superior aos 6%”, disse, repetindo o resultado de 2007, em que a geração de empregos foi superior ao crescimento do PIB.
Entre as regiões do país, o Sudeste continua a liderar a geração de postos de trabalho, verificada em todas as regiões. “Não temos mais bolhas de crescimento”, disse Lupi, completando que antes, era comum que o emprego crescesse apenas no Sul e Sudeste. “Agora, eles continuam a crescer mais, mas não são os únicos lugares”.
Entre os estados, o maior saldo de admissões e desligamentos foi em São Paulo (cerca de 611 mil), mas ficou negativo no Acre (-96). A média mensal de geração de empregos, em 2007, foi de 134 mil.