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Aviões da Força Aérea auxiliam no combate ao incêndio no Taim

Dois aviões hércules da Força Aérea Brasileira, cada um com capacidade de carregar 13 mil litros de água, vão auxiliar hoje (31) o combate ao incêndio na Estação Ecológica do Taim.

Segundo o superintendente do IBAMA/RS, Fernando da Costa Marques, que está coordenando a operação a partir do Escritório do IBAMA de Rio Grande agora pela manhã (e deve se dirigir à sede da Unidade de Conservação dentre de instantes), os aviões foram cedidos pelo 5º Comando Aéreo Regional de Canoas. Além destes aviões, um terceiro, um Bandeirantes deverá dar apoio para a operação marcada para começar às 11h. E também agora pela manhã, um helicóptero da Marinha (com um bambi bucket) irá auxiliar a aeronave do IBAMA no lançamento de água na vegetação atingida pelo fogo.

Um avião agrícola de uma empresa local foi utilizado ontem (30) para transportar água (a partir da interrupção temporária da BR 471, coordenada pela Política Rodoviária Federal) e deverá voltar ao Taim hoje.Já estão na sede do Taim 25 soldados do Exército Nacional transportando e montando a infra-estrutura para os voluntários e brigadistas do Prevfogo que 
inclui uma cozinha, barracas e colchonetes.

Segundo diagnóstico feito (através da utilização de GPS) pelo analista ambiental Kuriakin Toscan, chefe do escritório do IBAMA em Tramandaí, em sobrevôo ontem às 16h, até aquele momento foram consumidos pelo fogo 3.803 hectares da Unidade de Conservação.

A Estação Ecológica do Taim compreende parte dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande,  tem 33 mil e 400 hectares e seu principal objetivo é preservar um dos ecossistemas mais frágeis do Rio Grande do Sul. A UC engloba quatro grandes lagoas: Mirim, Jacaré, 
Nicola e Mangueira, indo até a faixa litorânea do Oceano Atlântico.

Um dos principais motivos que levaram à criação da Estação Ecológica do Taim (em 21/07/86), pelo decreto n2 92.963, foi o fato desta área 
ser um dos locais por onde passam várias espécies de animais migratórios vindos da Patagônia.

A flora e a fauna abrigam grande diversidade e além de seus habitantes fixos, a região recebe todos os anos aves migratórias 
vindas da Antártica; já se observaram mais de 210 espécies de aves na região, entre marrecão da Patagônia, garças, marrecos, mergulhões, o 
tachã, o socó, a perdiz, a ema, o maçarico, as gaivotas, o flamingo, o joão-grande, o cisne-do-pescoço-preto, a capivara, a lontra e entre os répteis, o jacaré-do-papo-amarelo, as tartarugas, os sapos e as cobras e entre, os peixes,  a traíra e o jundiá.

A flora é representada pelo junco, que domina a maior parte do banhado, onde destacam-se a táboa e os aguapés. Também sobressaem na paisagem as figueiras e corticeiras, a aroeira , e o gerivá entre outras.

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