Vida & Saúde

Saúde alerta para os riscos causados pelas enchentes

Em situações de enchente, a população deve redobrar seus cuidados em relação ao consumo de água, manuseio de alimentos, asseio e higiene em geral. O alerta é da Secretaria da Saúde, onde a preocupação com o problema se acentuou recentemente, diante do quadro de instabilidade climática e inundações.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde recomenda alguns cuidados nesse sentido. As pessoas devem, tanto quanto possível, evitar o contato direto com a água e a lama contaminadas pelas cheias, controlando também as crianças. O mesmo deve ser feito em relação aos alimentos atingidos.

O secretário Osmar Terra lembra que há doenças relacionadas a enchentes, como a leptospirose, hepatite, febre tifóide e diarréia. “Por isso, é importante que a população evite contato com águas que podem estar contaminadas.”

Cuidados
A ingestão de água de fontes atingidas por enchentes, como poços, cisternas e até a rede pública de abastecimento deve ser precedida de fervura ou filtragem. “Também é bom adicionar hipoclorito que os municípios fornecem. No caso de a água apresentar cor, cheiro ou gosto estranhos, seu consumo deve ser evitado, pois poderá estar contaminada por produtos químicos”, complementa Francisco Paz, diretor do CEVS.

Quando as águas baixarem possibilitando o retorno às residências, é necessário limpar e desinfetar o piso, as paredes, objetos e roupas atingidas, usando luvas e botas de borracha, inclusive usando água sanitária na proporção de uma xícara para cada cinco litros. Depois, enxaguar com água limpa.

Preventivamente, nas áreas com risco de inundações alguns cuidados podem ser adotados evitando entulhos nos arredores das construções, como madeiras com pregos que bóiam na água, latas, vidros e outros materiais cortantes ou ponteagudos e que podem se misturar à lama e serem pisoteados, com risco de provocar tétano. Outra providência é acondicionar o lixo de modo adequado.

Finalizando, o diretor do CEVS adverte que insetos e animais peçonhentos podem ter buscado refúgio na residência durante a cheia, sendo necessário verificar se continuam ali. “Também é recomendável verificar se houve mortes de animais, como cães, gatos, aves, porcos e reses, enterrando seus restos em covas profundas”, explica Francisco Paz.

Dúvidas a respeito, a população pode esclarecer junto ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde, através do Disque Vigilância pelo número 150, ou nas secretarias municipais de Saúde.

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