Secretaria da Saúde do RS busca exemplo chinês no combate ao novo coronavírus
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, se reuniu virtualmente nesta quarta-feira (29/7) com líderes comunitários, políticos e gestores de saúde da província de Hubei, na China chamado “Estado irmão” do Rio Grande do Sul. O encontro tinha por objetivo a troca de experiências no combate ao coronavírus.
“Queremos ouvir como foi que eles passaram por essa situação. Eles já viveram o que agora estamos vivendo no Rio Grande do Sul”, apontou a secretária. “A província de Hubei, e mais especificamente a capital Wuhan, tem bons exemplos a nos ensinar, considerando o resultado positivo no controle da disseminação do vírus. Toda ajuda é bem-vinda.”
Em Wuhan a pandemia do novo coronavírus surgiu e começou, a partir do final de 2019. Entre as medidas tomadas na cidade, estão fechamento das fronteiras, isolamento social e reforço de todas as medidas de higiene, com uso constante de máscaras de proteção.
A curva de infecção local atingiu um pico e caiu. A epidemia é considerada superada hoje, de acordo com a líder comunitária Sun Ruihua, do Condomínio de Qiliyi, do Distrito de Hanyang, em Wuhan. Uma segunda onda de infecção é considerada improvável, apesar do registro de pequenos surtos localizados. “Estamos voltando à vida normal, e a economia está se recuperando”, pontuou. “Não podemos deixar espaço para o vírus sobreviver.”
Para Arita, entre os destaques das ações tomadas pelos chineses estão o foco na prevenção da transmissão, a força da organização das comunidades e a realização de exames em todos que apresentaram sintomas. A testagem para diagnóstico da Covid-19 também é um aliado importante no combate ao vírus.
“Estamos no caminho certo, seguindo medidas semelhantes.
Neste momento delicado, ampliamos a testagem da população, além de trabalhar intensamente na rede assistencial da saúde do Estado.
Estou otimista de que vamos vencer o coronavírus, com ajuda de quem passou por essa mesma situação”, acrescentou a secretária.
O médico Chen Tao, da Faculdade de Medicina da Universidade Tongji, reforçou que é mais importante para o poder público e para as comunidades trabalharem para manter o controle da disseminação do vírus do que focar no tratamento da doença.
“Precisamos lidar com as informações de modo a evitar pânico e oferecer suporte emocional a todos que precisarem”, disse.