Caminhoneiros serão testados para coronavírus em Osório
Os municípios de Passo Fundo, Osório e Caxias do Sul e a Polícia Rodoviária Federal serão parceiros da Secretaria da Saúde (SES) para a realização de testes diagnósticos para o coronavírus RT-PCR (de biologia molecular) em motoristas de caminhão que cruzam a fronteira com a Argentina.
O tema foi abordado em reunião virtual nesta terça-feira (4/5) entre SES, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLab), do Ministério da Saúde, Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI) e representantes de outros estados.
A pauta vem sendo tratada desde meados de 2020 e avançou nas últimas semanas.
Os caminhoneiros serão testados no momento em que passarem por alguma dessas três cidades, que abrangem as principais rodovias federais e rota de caminhões no Rio Grande do Sul.
Os postos de coleta de material para análise serão junto aos postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Para seguir a logística do projeto de testagens deste grupo, as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) da região serão as responsáveis pelo transporte dos materiais até o Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre, onde eles serão analisados. Os resultados serão divulgados diretamente aos motoristas.
A estimativa da secretária da Saúde, Arita Bergmann, é realizar 650 testes por dia.
O coordenador dos Laboratórios de Fronteira do Ministério da Saúde, Emerson Araujo, colocou a CGLab à disposição para abastecer o Estado de insumos para os testes.
A diretora executiva da ABTI, Gladys Vinci, disse que sabe que o teste não garante imunidade, mas confirma se os caminhoneiros que estão circulando estão em boas condições de saúde. “Só em Uruguaiana passam cerca de 8 mil caminhões por mês a caminho da fronteira com a Argentina”, estimou Gladys.
Também está em pauta o fortalecimento do Laboratório de Fronteira (Lafron), em Uruguaiana. O coordenador Emerson garantiu que o Estado receberá, ainda em maio, novo maquinário, proveniente da realocação de equipamentos do laboratório de Biomanguinhos, no Rio de Janeiro.
“Esta é uma alternativa que encontramos para realizar esses testes, até que se instale definitivamente o Lafron”, explicou a secretária Arita.