Ação de detonação de artefatos explosivos acaba em tragédia no RS: três pessoas morrem
Rio Grande do Sul: No início da tarde desta quinta-feira (8), três pessoas morreram após artefatos explodirem em uma operação de desativação de detonadores. O fato ocorreu em uma pedreira na cidade de Guaporé.
De acordo com informações, o trabalho de detonação seria a parte final de uma ação policial, denominada “Operação Explosive”, que havia apreendido 740 kg de artefatos explosivos que estariam em situação irregular.
A operação reuniu agentes da Polícia Civil, através do Departamento de Investigação Criminal (DEIC) e teve o apoio do Exército Brasileiro.
Durante o descarte do material, por motivos não oficialmente divulgados, houve uma grande explosão, onde três pessoas acabaram morrendo.
Outras cinco ficaram feridas e foram resgatadas por equipes médicas.
As vítimas fatais não tiveram suas identidades oficialmente divulgadas, mas informações preliminares dão conta de que trata-se de dois militares e um trabalhador da empresa aonde o descarte estaria sendo realizado.
Ainda, os trabalhos no local seguem com o apoio de agentes do 4º Pelotão da Brigada Militar, policiais da DP de Guaporé e Porto Alegre, além do Corpo de Bombeiros Militar e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
As informações são do Portal Leouve, integrante fundador da APNI (Associação dos Portais de Notícias Independentes do Interior do Rio Grande do Sul, juntamente com o Litoralmania.
A apreensão
Artefatos explosivos mantidos em locais irregulares na região de Guaporé, na Serra Gaúcha, foram apreendidos pela Polícia Civil, durante a Operação Explosive, deflagrada na manhã desta quinta-feira (08) com apoio do Exército.
Além de averiguar crimes relacionados à posse/porte irregular desse material – que é de uso restrito e controlado pelo Exército -, a investida combateu delitos contra a fauna e de poluição ambiental. Ao todo, 9 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade.
Dois homens foram presos – um por posse ilegal de arma de fogo e outro por posse ilegal de artefatos explosivos, de arma de fogo e de acessórios de arma de fogo.
No local, foram apreendidos 531kg de emulsão encartuchada (24 polegadas), 200kg de emulsão encartuchada (8 polegadas), 338 metros de cordel detonante (NP 5), 305 espoletas, 11 unidades de conjunto estopim/espoleta, 187 metros de estopim, 336 unidades de acionador pirotécnico (brinel, 6 metros) e 40 unidades de retardo.
Ao longo de seis meses de investigação, ficou comprovado que uma empresa da região que atua no ramo de terraplanagem adquiria artefatos explosivos em quantidade maior do que a necessária para a obra.
Os explosivos comprados em excesso eram guardados e utilizados mais tarde em outros projetos de forma irregular, o que reduzia custos com frete e escolta, além de que as informações sobre as novas explosões não eram prestadas ao Exército nem à Polícia Civil como prevê a lei.
A Polícia averiguou ainda que a quantidade sobressalente de artefatos explosivos era armazenada de forma irregular em diferentes locais ligados à empresa.
Caça irregular
Os investigados também poderão responder pela prática de caça ilegal, uma vez que utilizavam para atividade armamento e munição em desacordo com a determinação legal.