SP confirma morte de adolescente e investiga relação com vacina
Brasil: A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo anunciou hoje que investigará se há relação entre a causa da morte de uma adolescente de 16 anos e a vacina contra covid-19. A jovem era moradora de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
O órgão destaca que “qualquer afirmação ainda é precoce e temerária”.
“É irresponsável a disseminação de qualquer informação que traga medo e insegurança aos adolescentes e familiares. Até o momento, não há comprovação de relação da vacina ao óbito de um jovem de São Bernardo do Campo”, afirmou a SES em nota.
“O Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo está investigando o caso devido à relação temporal com a aplicação da vacina. Qualquer afirmação ainda é precoce e temerária”, continua.
A Prefeitura de São Bernardo do Campo informou, em nota, que após ter conhecimento do falecimento da adolescente, que ocorreu no Hospital e Maternidade Vida’s – que fica em São Paulo – notificou o caso à Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo para as devidas investigações.
Ainda na nota, a prefeitura reforça que não há até o momento, “qualquer comprovação que relacione a vacinação da adolescente com sua morte”, e que o município segue a diretriz do Plano Estadual de Imunização (PEI) e realiza a aplicação da vacina contra a Covid no público adolescente com o imunizante da Pfizer.
Na manhã desta quinta-feira (16/9), o Ministério da Saúde recuou e recomendou a suspensão da imunização para adolescentes entre 12 e 17 anos sem comorbidades.
Inicialmente, o governo federal pretendia vacinar 20 milhões de pessoas desse público.
Horas depois, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou ofício no qual pediu que a Anvisa se posicione sobre a vacinação de adolescentes sem comorbidades, e mencionou a morte de um jovem em São Bernardo do Campo.
O governo de São Paulo lamentou a decisão do Ministério da Saúde, “que vai na contramão de autoridades sanitárias de outros países. A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações”.
Para o governo paulista, “a medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles”.