Nova Cepa do vírus Influenza que já causa surtos no Brasil chega ao RS
A preocupação com a variante ômicron de coronavírus, que passou a perturbar o sossego até de pessoas já vacinadas, uma previsão dos especialistas durante toda a pandemia começa a aparecer: outras doenças respiratórias tendem a voltar à tona.
Nos últimos dias, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo, pelo menos, já apresentaram surtos da nova cepa do vírus Influenza A (gripe), o H3N2. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que o Rio Grande do Sul registrou cinco casos deste tipo em dezembro.
A SES não informou em quais municípios eles ocorreram.
“São casos não relacionados entre si, em residentes de cinco cidades diferentes. As amostras foram enviadas posteriormente para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para o sequenciamento genético que indica a linhagem”, disse nota da SES, que monitora a circulação da Influenza através de exames realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS).
“Os casos de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo os óbitos, que inicialmente tenham resultado não-detectável para o coronavírus passam por um segundo exame de Influenza.
O mesmo acontece com casos leves (não hospitalizados) em crianças até dois anos de idade ou que venham dos serviços médicos sentinelas do Estado”, complementa a nota da SES.
Não se trata do H1N1. O que está dando é o H3N2, que é seria uma espécie de um primo dele.
Um ponto de alerta, é que a vacina contra a gripe foi aplicada há mais de 6 meses, o que pode ter reduzir a resposta contra a doença e, mais importante ainda, não tem uma ação contra esta versão específica do vírus.
Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, o infectologista Renato Kfouri, essa variante já circula em outros países e a expectativa era de que ela chegasse ao Brasil só no ano que vem, no início da primavera.
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Até lá, o país já teria a vacina atualizada para proteger contra o vírus H3N2.
O H3N2 teria vindo do hemisfério norte, onde é inverno atualmente.
“Em função da grande circulação diária de passageiros entre os principais centros urbanos do País, especialmente a partir de Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, doenças infecciosas e, particularmente, vírus respiratórios têm uma facilidade muito grande de pular de um local para outro rapidamente”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Boletim InfoGripe da Fiocruz.
Dados da instituição, divulgados neste mês, mostram que o número de casos de SRAG cresceu em vários estados brasileiros, sendo a principal causa entre adolescentes e jovens adultos.
A boa notícia é que existe tratamento para a Influenza quando a doença é diagnosticada no início dos sintomas como febre, dor no corpo e mal estar.
Os principais sintomas da gripe H2N3 são:
Febre alta e súbita
Tosse
Dor de garganta
Dor no corpo
Dor nas articulações
Dor de cabeça