SAP: rodoviária versus população e crescimento de uma nova cidade
Primeiramente quero deixar bem claro que o texto a seguir trata-se exclusivamente de minha opinião e análise de uma situação no mínimo atípica. Se não possuo informações suficientes para dissertar sobre o assunto, me reservo o direito de questionar o que não tenho conhecimento mais a fundo, pois este é o perfil da maioria da população do município, afinal, as conversas de bastidores são muitas e fica impossível degustar tudo. Me ponho a disposição de quem tenha o conhecimento ou versões mais claras, que me agraciem com as mesmas.
Em primeiro lugar, em minha opinião, a Rodoviária de Santo Antônio deve ir para o centro de Compras Gomes. Deixo claro aqui que vou embasar o porque.
Santo Antônio da Patrulha não possui três rodoviárias. Possui duas, sendo ridículo afirmar que o posto de vendas de passagem da cidade alta trata-se de uma estação rodoviária. Deve haver um conceito pra estipular o que é uma estação rodoviária, tipo aquelas normas técnicas da ABNT. Sabe aqueles testes que o fantástico faz para aferir se os produtos respeitam ou não o consumidor, deveria ser feito nas Rodoviárias. Não aceito esta nomenclatura popular recebida pelo ponto avançado de venda de passagens. Falam que temos três rodoviárias para menosprezar a cidade, pois afinal não conseguimos organizar uma.
Uma temos estrutura e não temos todos os ônibus, na outra temos os ônibus e não temos estrutura.
Minha análise parte do princípio do melhor para Santo Antônio. Pouco me importa aqui os interesses pessoais de A ou B.
A incrível falta de visão das pessoas envolvidas no assunto. Digo visão, porque há ingerência no planejamento e competência de negociação.
Minha cidade precisa crescer. E se buscar-mos um lugar para este crescimento seria a Afonso Porto Emerim, sonho de futuro acesso para nossa cidade.Este é um ponto a favor da rodoviária nova. Procedo assim uma análise futura de interesse das administrações. Agora, quanto aos administradores priorizarem ou viabilizarem junto aos governos Federal ou Estadual, isto é outra história.
Considero a rodoviária da cidade baixa, um buraco negro. Explicando, de forma muito simplista, um buraco negro é uma região no espaço que contém tanta massa concentrada que nenhum objeto consegue escapar de sua atração gravitacional. Analisando o local , ele é pequeno, os ônibus unesul têm dificuldades para manobrar e sair , afinal desembocam em uma das principais avenidas da cidade. Pense agora nas rodoviárias de Osório e Tramandaí, não indo muito longe pra não cansar. Isto se chama planejamento e visão inteligente.
O local não possui calçamento e com todo o respeito não é um de nossos pontos turísticos. Segundo Ponto par, a rodoviária nova, com conforto e opções que um turista que esteja de passagem pela cidade merece. Até este momento duvido que alguém tenha coragem de questionar meus argumentos.
Agora vamos para o outro lado. Ninguém é obrigado a aderir a uma idéia, sem uma boa justificativa. No mínimo concreta.
Ou uma , digamos, falta de perspicácia para transferir a concessionária que por direito detém a concessão da venda das passagens. Apenas isto. Sim, esqueceram de abrir um processo de negociação com os mesmos em prol de uma cidade mais organizada. Repetindo, tem coisas que não é assim para se engolir. Eu também não engoliria.
Arbitrariedades não se justificam. Aqui não, manda quem pode e obedece quem precisa. Imaginem que este caso chegou à mesa da governadora. Um típico cabo de guerra. A falta de perspicácia na negociação é tão evidente, que os mesmos que um dia disseram a população, que Santo Antônio teria apenas uma rodoviária, recuaram, voltaram atrás, nos presenteando com duas.
Este ponto vale dois, para a rodoviária da cidade baixa. E empate não tem vitorioso.
Tem apenas perdedores prejudicados. Penso no investimento realizado na rodoviária nova, que certamente veio de algum lugar, a população do interior que fica a mercê do implacável tempo e a prefeitura que não consegue organizar uma nova cidade de futuro.
Não quero criticar os responsáveis, apenas analisei a situação, sendo o meu ponto de vista, se eu estiver errado me corrijam.