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Hepatite infantil: RS orienta profissionais sobre doença desconhecida

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul emitiu uma nota com orientações aos profissionais sobre a hepatite infantil aguda de origem desconhecida.

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No último sábado (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a ocorrência de 169 casos.

A maioria das notificação foi feita em países da Europa e envolve bebês, crianças e adolescentes entre um mês e 16 anos.

Dr. Bruno Loranos Germani

A doença, uma inflamação no fígado, tem sintomas similares aos das hepatites conhecidas (as de A a E), como febre, dor abdominal, enjoo, vômitos e perda de apetite.

No entanto, os especialistas não identificaram os vírus conhecidos como causadores da enfermidade. A hepatite desconhecida fez com que 17 pacientes precisassem de transplantes de fígado. Uma morte foi confirmada.

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Hepatite infantil: RS orienta profissionais sobre doença desconhecida

A Secretaria de Saúde do Estado esclarece que não foram notificados casos no Rio Grande do Sul e no Brasil até o momento.

Aqui, a nota na íntegra  

“NOTA INFORMATIVA CONJUNTA CEVS/DAPPS Nº 01/2022

Orientações para vigilância epidemiológica das Hepatites Virais em decorrência de Comunicação de Risco Rede CIEVS nº 05 2022

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Porto Alegre, 27 de abril de 2022.

Considerando a comunicação de risco nº 05 2022, emitida pela REDE CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) em 24 de abril de 2022, alertando a respeito de casos de hepatites agudas graves de origem desconhecida ocorridos em crianças em múltiplos países do Hemisfério Norte, o Programa Estadual de Hepatites Virais, a Divisão de Vigilância Epidemiológica e o CIEVS Rio Grande do Sul (RS) esclarecem o que segue:

RESUMO DAS INFORMAÇÕES DO SURTO:

Até 21 de abril de 2022, 169 casos de hepatite aguda de origem desconhecida foram relatados em 11 países da Região Européia e um país da Região das Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos no hemisfério norte. Os casos tinham entre 11 meses e 16 anos, e a síndrome clínica é a hepatite aguda (inflamação do fígado) com elevação acentuada das transaminases séricas (> 500 UI/L) e icterícia.

A maioria dos casos não apresentou febre e todos não apresentaram sorologia reagente para os vírus das hepatites A,B,C,D e E. Ainda não está claro se houve um aumento nos casos de

hepatite ou um aumento na sensibilização da notificação sobre casos de hepatite que estão ocorrendo na taxa esperada, mas que não eram detectados. Embora o adenovírus seja uma hipótese possível, as investigações estão em andamento para o agente causador. A OMS emitiu um alerta e orienta que os países membros estejam atentos para identificar, investigar e notificar casos potenciais que se enquadrem na definição de caso.

Ressalta-se que até o momento não há casos notificados no Brasil relacionados a este evento.

Definição de caso da OMS:

Provável: Uma pessoa com hepatite aguda (não hep A-E) com transaminase sérica >500 UI/L (AST ou ALT), com 16 anos ou menos, desde 1 de outubro de 2021

Vínculo epidemiológico: Uma pessoa com hepatite aguda (não hep A-E) de qualquer idade que seja um contato próximo de um caso provável, desde 1º de outubro de 2021.

Importante ressaltar que casos com outras explicações para sua apresentação clínica são descartados e não devem ser notificados.

Orientações para notificação do evento:

Todos os casos que atenderem às definições de caso acima devem ser notificados imediatamente, tanto pela rede pública quanto pela privada de saúde, através de notifica@saude.rs.gov.br

CONSIDERAÇÕES COM RELAÇÃO ÀS NOTIFICAÇÕES DE HEPATITES VIRAIS A-E: 

Cabe reforçar que os casos relatados no alerta não têm relação com as hepatites de notificação compulsória no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), causadas pelos vírus comuns relacionados às Hepatites Virais (A, B, C, D e E). Estas devem ser notificadas semanalmente, desde que os casos se enquadrem nas definições de caso confirmado, disponíveis abaixo: 

Hepatite A: – Indivíduo que apresente anti-HAV IgM reagente OU -Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente vínculo epidemiológico com caso confirmado (anti-HAV IgM reagente) de hepatite A – Menção de hepatite A em qualquer um dos campos da declaração de óbito ou após investigação do óbito por hepatite sem etiologia especificada. 

Hepatite B: – Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite B a seguir: HBsAg reagente e/ou Anti-HBc IgM reagente e/ou HBV-DNA detectável – Menção de hepatite B em qualquer um dos campos da declaração de óbito ou após investigação do óbito por hepatite sem etiologia especificada. 

Hepatite C: – Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite C a seguir: AntiHCV reagente e/ou HCV-RNA detectável – Menção de hepatite C em qualquer um dos campos da declaração de óbito ou após investigação do óbito por hepatite sem etiologia especificada. 

Hepatites D e E não tem dados de prevalência significativa no Estado, mas seguem abaixo as definições de caso: Hepatite D: – Caso confirmado de Hepatite B, com pelo menos um dos marcadores a seguir: Anti-HDV total reagente e/ou HDV-RNA detectável – Menção de hepatite D em qualquer um dos campos da declaração de óbito ou após investigação do óbito por hepatite sem etiologia especificada. 

Hepatite E: – Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite E a seguir: Anti-HEV IgM e/ou antiHEV IgG reagentes e/ou HEV-RNA detectável – Menção de hepatite E em qualquer um dos campos da declaração de óbito ou após investigação do óbito por hepatite sem etiologia especificada.”

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