Boas razões para amar ao próximo!
Porque devemos amar ao próximo? Que proveito temos disso? De onde provem a idéia de amor ao próximo?
O autor Gottfried Brakemeier, em seu livro Por que ser cristão?, traz 10 boas razões para amar ao próximo e é a partir deste texto que quero instiga-los a refletir sobre este assunto.
Qual é a diferença entre um ser humano e um animal? A biologia não fornece resposta. O genoma humano difere apenas ligeiramente daquele do chimpanzé. Algumas espécies da fauna do planeta possuem até mesmo um número superior de genes. E também o tamanho do cérebro não é argumento. O peso da massa cerebral das baleias ultrapassa o do ser humano. Fora isso, existem animais bem melhor equipados em termos de audição, olfato, visão, orientação, força física. Por que então esse destaque todo para os seres humanos? Que temos nós de especial?
De acordo com a tradição grega, a nobreza humana decorre da posse da razão. Ela qualificou o ser humano como um “animal racional”, um ser dotado de inteligência. Ou seja, a gente pensa! De fato, o ser humano é um ser que pensa. Sabe construir seu habitat, desenvolver tecnologia, planeja, é autor de cultura, capaz da comunicação pela fala e de assumir responsabilidade.
Todavia, a racionalidade, ou seja, o fato de pensar, por si só, não garante a qualidade do ser humano. A inteligência não está imune ao perigo de servir a causas desprezíveis. Ela pode abusar de suas potencialidades para destruir o ambiente de vida (a poluição, por exemplo), para assassinar povos inteiros, para cometer horríveis loucuras. Pura racionalidade pode ser fria, calculista, cruel, portanto “desumana”. A razão é corruptível e pode promover o mal em vez do bem. A razão sozinha não é capaz de humanizar o mundo. Mas então o que é necessário?
Ela precisa do amor como companheiro. Esta é uma das grandes ênfases da fé cristã. O “humano” condiciona-se à misericórdia, à bondade, ao amor. Para Jesus o amor compila a essência da vontade de Deus. Todas as conquistas do ser humano reduzem-se a nada “se não tiver amor”, conforme o apóstolo Paulo (I Coríntios 13). Sem ele, o mundo permanece mergulhado no subumano, por mais impressionantes que sejam as façanhas técnicas.
Seria trágico se as pessoas que pensam não amassem e as que amam não pensassem. Seria trágico também se a racionalidade fosse considerada atributo masculino, enquanto afetividade seria característica feminina. A razão e o coração devem andar juntos. Reside aí o grande desafio do “humanismo”: amar ao próximo, amar aos seus semelhantes, sem isso o mundo se transformaria em um inferno. E de fato o é onde falta o amor.
Agora você tem boas razões para amar as outras pessoas!