É de tirar o sono - Jayme José de Oliveira - Litoralmania ®
Jayme José de Oliveira
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É de tirar o sono – Jayme José de Oliveira

Incrível! É de tirar o sono! Figuras da política, carimbadas nos últimos anos por prevaricações e denúncias investigadas, comprovadas, julgadas e tendo condenações prolatadas em diversas instâncias, quais Fênix redivivas ressurgem dos escombros e zombam das tragédias que provocaram. Quais vestais virginais e impolutas se consideram acima do bem e do mal.

Não temem a Justiça e quando necessário seus advogados, agenciados a peso de ouro, valem-se dos inúmeros recursos que a Constituição oferece para adiar ad aeternum as condenações que relegariam essas tristes figuras ao ostracismo merecido.

Após se locupletarem foram condenados a ressarcir o erário com vultosas quantias e, agora, valendo-se de recursos solicitados ao judiciário, procuram a devolução do que havia sido pago como retorno dos seus desmandos. A perspectiva da devolução do dinheiro surrupiado da Petrobras, de outras estatais e de fundos de pensões onde os segurados foram acionados para cobrir os rombos é uma realidade nauseante e tudo isso com o aval do STF que “descondenou” dezenas de implicados que agora requerem indultos para os seus crimes.

Os esforços da Lava-Jato em escoimar da realidade brasileira esses desatinos se esboroam ante os esforços conjugados dos delinquentes de todos os matizes. A leniência recorrente no Brasil, amparada numa Constituição que privilegia os delinquentes e não a sociedade,desconsidera fatos escandalosos e os malfeitores riem a bandeiras despregadas como se nada de desabonador houvesse ocorrido.

Sem escrúpulos, malfeitores elaboram novos e escabrosos planos, confiantes na impunidade escandalosa.

Aberta a Caixa de Pandora, a Lava-Jato, a maior operação saneadora que tentou higienizar o país das mazelas foi derrotada, não apenas como algo ser apagado da memória e da realidade brasileira. PASMEM, joga-se com afinco para condenar os que tiveram o topete de enfrentar os eternos “mais iguais” e, cúmulo dos cúmulos, atreveram-se a expor os investigados à execração pública.Inacreditável, há um esforço hercúleo no sentido de coibir as ações dos facínoras, os que tentam escoimar da sociedade pessoas abjetas deverão ser severamente punidos, os corruptos endeusados e possivelmente eleitos.

Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando o homem tem medo da luz”. (Platão)

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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