Apicultura e meliponicultura do RS em crise: enchentes causam perdas de até 60 mil colmeias
O coordenador da Câmara Setorial, Patric Luderitz, destacou a gravidade da situação: “O setor foi drasticamente afetado. O levantamento inicial da Emater/RS-Ascar contabilizou, até 24 de maio, 16 mil colmeias perdidas, mas projetamos uma perda que vai de 35 a 60 mil colmeias, entre apis e abelhas sem ferrão”.
Além da mortandade das abelhas, as enchentes também prejudicaram a floração de maio, que é essencial para a produção de mel. “Perdemos praticamente toda a nossa safra de mel, estamos com estoques baixíssimos”, alertou Luderitz.
As entidades ligadas aos apicultores e meliponicultores elaboraram um plano de reconstrução que inclui:
- Disponibilização do Parque Apícola de Taquari: O parque será utilizado para estruturar linhas de fabricação de caixas, laminadores de cera e produção de cúpulas e núcleos, visando repor o material perdido pelos produtores.
- Doação de abelhas: A doação de abelhas vindas de outros estados será possível mediante a criação de uma normativa que preveja a realização de quarentenas, a fim de evitar a entrada de doenças e pragas no Rio Grande do Sul.
- Compra de alimentação: A Câmara Setorial pede ao governo a compra de alimentação subsidiada ou gratuita para auxiliar os produtores na manutenção das colmeias sobreviventes durante o inverno.
O Sebrae também está oferecendo apoio aos produtores rurais afetados pelas enchentes.
O programa Sebraetec Supera disponibiliza consultoria para avaliação do espaço físico e elaboração do plano de negócio para reabertura de empresas, além de um recurso de até R$ 15 mil para pequenos negócios custearem reparos, serviços e aquisições necessárias para voltarem a funcionar.
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