Capão da Canoa tenta, mas não consegue vender terreno avaliado em R$ 35 milhões
O leilão de uma área pública de 5,1 mil metros quadrados, situada em localização estratégica no centro de Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, terminou sem lances pela quarta vez consecutiva neste ano.
A prefeitura organizou a venda do terreno na última segunda-feira (11), buscando um mínimo de R$ 35,68 milhões, valor que foi reduzido em R$ 3,96 milhões desde as primeiras tentativas de venda ao longo de 2024.
A área leiloada, que abrigava a antiga sede da Corsan e está localizada na movimentada Avenida Paraguassú, foi repassada ao município após a concessão da Corsan para a Aegea, tornando-se propriedade municipal.
A prefeitura estipulou um pagamento inicial de R$ 12,68 milhões, enquanto o saldo restante deveria ser quitado em 23 parcelas mensais de R$ 1 milhão cada. No entanto, mais uma vez, não houve interesse por parte de empresas ou investidores.
Diante da falta de propostas, a prefeitura agora avalia novas estratégias para atrair compradores e transformar o terreno em um ativo municipal produtivo.
A venda dessa área é parte de um projeto maior, que visa usar o valor arrecadado para financiar diversas iniciativas de impacto para Capão da Canoa e sua população.
A legislação aprovada para a venda do terreno determina que os recursos sejam destinados à construção de uma escola de ensino fundamental, à desapropriação e revitalização do Parque Náutico, à duplicação de uma seção da Avenida Paraguassú, à construção de dois novos ginásios escolares, além da revitalização da Avenida Central, um importante ponto de acesso secundário ao município.
Essa sequência de leilões sem sucesso gera preocupação entre as autoridades municipais, que contavam com o valor da venda para alavancar os projetos de infraestrutura previstos para a cidade.
O terreno possui uma localização estratégica e poderia atrair desenvolvedores interessados em novas oportunidades imobiliárias no Litoral Norte.
Contudo, os valores ainda elevados parecem afastar possíveis investidores, e a falta de ofertas nos leilões anteriores sugere a necessidade de uma revisão de preço ou de condições de pagamento mais atrativas para o mercado atual.
Com a escassez de propostas, a administração municipal estuda alternativas e pode fazer novos ajustes no valor ou condições de pagamento para assegurar que a área não permaneça subutilizada.
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