Terapeuta holístico é condenado por tráfico e exercício ilegal de medicina em Capão da Canoa
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) conseguiu a condenação de um terapeuta holístico em Capão da Canoa por tráfico de drogas e prática ilegal das profissões de médico e farmacêutico.
A pena imposta foi de cinco anos e seis meses de prisão, inicialmente no regime semiaberto.
No entanto, o condenado poderá recorrer da sentença em liberdade, conforme decisão judicial.
O promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da Promotoria de Defesa do Consumidor, apresentou a denúncia, responsabilizando o acusado por fabricar e comercializar produtos contendo tetrahidrocannabinol (THC), substância derivada da planta cannabis sativa, sem autorização.
Os produtos eram vendidos de forma clandestina em lojas físicas, redes sociais e até em grupos de WhatsApp, sem qualquer regulamentação.
Além disso, o terapeuta também foi condenado por atuar ilegalmente como médico e farmacêutico.
Mesmo sem qualificação profissional, ele preparava, fracionava, embalava e vendia produtos como cremes, sabonetes, álcool gel, florais e medicamentos fitoterápicos, oferecendo supostos tratamentos para condições sérias de saúde.
De acordo com o promotor Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, os crimes ocorreram entre setembro de 2020 e janeiro de 2022, quando o acusado foi alvo de mandados de busca e prisão.
“O terapeuta tinha fichários com informações de pacientes, incluindo crianças de três anos e pessoas com câncer ou AVC, para quem prescrevia doses muito superiores ao recomendado, até 40 vezes a quantidade permitida. Isso resultou em casos de dependência e depressão entre os pacientes, incluindo animais”, destacou o promotor.
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