Como diferenciar a síndrome do pânico de um Infarto – Por Régis Soster Santa Maria
Identificar uma crise de pânico e um infarto pode ser desafiador, já que ambas as condições apresentam sintomas intensos e assustadores.
Compreender as características de cada uma é essencial para buscar a ajuda certa rapidamente.
Sintomas da Síndrome do Pânico
A crise de pânico, também chamada de ataque de pânico, é uma manifestação súbita de ansiedade extrema, acompanhada de sintomas físicos intensos, como:
Palpitações ou sensação de “infarto”: batimentos cardíacos acelerados e irregulares;
Tremores, sudorese e suspiros: reações comuns ao aumento de adrenalina;
Sensação de sufocamento ou falta de ar: muitas vezes associada à hiperventilação;
Dor no peito: geralmente difusa, não relacionada ao esforço físico;
Medo de morte ou perda de controle: sensação de pânico intenso;
Tontura e formigamento: especialmente nas extremidades, devido à respiração rápida;
Náusea, desconforto abdominal e boca seca: sintomas menos frequentes, mas possíveis.
Os sintomas geralmente atingem o pico em 10 minutos e desaparecem dentro de 30 minutos. Embora não causem danos físicos diretos, crises de pânico frequentes podem aumentar a pressão arterial e, a longo prazo, impactar a saúde cardiovascular.
Em muitos casos, o ataque de pânico surge como uma resposta inconsciente a situações ou emoções reprimidas, criando confusão com eventos graves, como o infarto, por sua intensidade inesperada.
Sintomas do Infarto
O infarto agudo do miocárdio, por sua vez, está relacionado à interrupção do fluxo sanguíneo para o coração e apresenta sintomas como:
Dor intensa e prolongada no peito: geralmente uma pressão ou aperto;
Irradiação da dor: para o braço esquerdo, costas, mandíbula ou pescoço;
Falta de ar progressiva: acompanhada de dor no peito, sem alívio ao repousar;
Náuseas, vômitos e suor frio: mais comuns em mulheres;
Fraqueza extrema: sensação de desmaio ou exaustão súbita.
A dor do infarto costuma durar mais de 20 minutos e não melhora com respiração profunda ou relaxamento.
Indivíduos com histórico de doenças cardíacas ou fatores de risco, como tabagismo, hipertensão e diabetes, devem ficar especialmente atentos.
Diferenças na Prática
Aqui estão algumas maneiras de distinguir uma crise de pânico de um infarto:
Duração dos sintomas: o desconforto do pânico é breve, enquanto no infarto, a dor persiste.
Irradiação da dor: o infarto provoca dor que se espalha para áreas específicas, como braços e mandíbula, o que é incomum em crises de pânico.
Resposta ao descanso: os sintomas de pânico podem melhorar com respiração e relaxamento; no infarto, a dor permanece intensa.
Fatores de risco: históricos de ansiedade favorecem crises de pânico, enquanto condições cardiovasculares aumentam o risco de infarto.
Quando Procurar Ajuda
Em caso de dúvida, sempre procure atendimento médico imediatamente.
Na emergência, exames como eletrocardiograma e análises sanguíneas ajudarão a confirmar ou descartar um infarto.
Lembre-se: tanto a crise de pânico quanto o infarto são condições sérias que demandam atenção profissional.
Não hesite em buscar ajuda para garantir sua segurança e bem-estar.