Ciclone e falha no flap: voo da Gol realiza pouso de emergência no RS
Pouso de emergência em Canoas foi realizado por um voo da Gol vindo de Guarulhos (SP) com destino a Porto Alegre na tarde deste domingo (15).
A aeronave, um Boeing 737 com 186 passageiros a bordo, enfrentou problemas técnicos e condições climáticas adversas causadas pelo Ciclone Biguá, forçando o desvio para a Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul.
Entenda o Caso
O voo da Gol partiu de São Paulo às 15h, mas ao se aproximar do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, enfrentou fortes ventos causados pelo avanço do Ciclone Biguá.
Durante a tentativa de pouso, a aeronave precisou arremeter devido a uma falha no flap, dispositivo que aumenta a sustentação da aeronave, permitindo pousos em velocidades reduzidas.
Às 16h30, o piloto acionou o código de emergência “pan pan pan”, que indica uma urgência operacional, comunicando a necessidade de um pouso imediato.
A aeronave sobrevoou a capital gaúcha antes de receber autorização para pousar na Base Aérea de Canoas, que possui uma pista mais extensa — cerca de 2.751 metros — adequada para situações de emergência.
Detalhes da Pista e Infraestrutura
O Aeroporto Salgado Filho, que está em processo de reinauguração de sua pista de 3,2 quilômetros, atualmente opera com pouco mais de 1,5 mil metros disponíveis.
Em comparação, a pista da Base Aérea de Canoas foi escolhida por ser mais longa e garantir maior segurança ao pouso emergencial.
Confirmação e Apoio
A administradora do Aeroporto Salgado Filho, a Fraport, confirmou o pouso de emergência, destacando que ofereceu suporte à companhia aérea.
Até o momento, a Gol e a Força Aérea Brasileira (FAB) não emitiram declarações oficiais sobre o ocorrido.
A movimentação e o pouso da aeronave foram registrados em tempo real pelo canal Câmera Aeroporto Porto Alegre BrAmigos, que acompanha as operações aéreas na região.
Impacto do Ciclone Biguá no Voo
O Ciclone Subtropical Biguá, que tem provocado ventos intensos e instabilidade climática no Rio Grande do Sul, foi um fator determinante para a arremetida do avião e a decisão de desvio.
As rajadas de vento registradas em Porto Alegre superam 80 km/h, dificultando as manobras de pouso em condições normais.
Segurança Aérea e Procedimentos
A arremetida, realizada pelo piloto, é um procedimento padrão em aviação para garantir a segurança de passageiros e tripulação quando há condições adversas ou problemas técnicos durante o pouso.
Além disso, o código “pan pan pan” indica uma situação urgente, mas não crítica, permitindo à equipe de controle aéreo priorizar o pouso e coordenar o suporte necessário em solo.
Conclusão: Alerta e Segurança no Ar
O pouso de emergência em Canoas evidencia a importância da preparação técnica de pilotos e da infraestrutura de apoio em situações adversas.
O Ciclone Biguá e a falha no flap foram determinantes para a arremetida e o desvio do voo, mas a rápida resposta da tripulação e a escolha de uma pista adequada garantiram o pouso seguro de 186 pessoas a bordo.
As investigações devem prosseguir, com a expectativa de manifestações da Gol e da FAB sobre os detalhes técnicos do incidente.
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