Mais uma exumação: suspeita do caso do bolo pode ter envenenado outras pessoas
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou novos desdobramentos no caso do envenenamento por arsênio em Torres, no Litoral Norte, onde três mulheres da mesma família morreram após consumirem um bolo de frutas cristalizadas.
A delegada Sabrina Deffente afirmou haver “fortes indícios” de que a principal suspeita, uma mulher ligada à família, possa estar envolvida em outros envenenamentos.
Segundo a delegada, as investigações agora se expandem para possíveis casos envolvendo pessoas próximas à família, incluindo um falecido cuja exumação pode ser solicitada para verificar a presença de arsênio no organismo.
Paulo Luiz dos Anjos, sogro da suspeita, foi confirmado como vítima do mesmo veneno, conforme exames do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
— Há pessoas do círculo familiar sob investigação. Estamos verificando a existência de mais casos e aprofundando as apurações. Uma dessas situações envolve um falecido — declarou a delegada.
O corpo de Paulo foi exumado no dia 8 de janeiro, e os exames comprovaram que ele ingeriu arsênio antes de sua morte.
Relembre o Caso do Envenenamento em Torres
No dia 23 de dezembro, seis membros de uma família em Torres passaram mal após consumirem um bolo de frutas cristalizadas preparado por Zeli dos Anjos, sogra da suspeita.
De acordo com o IGP, o doce continha arsênio.
Entre as vítimas fatais estão Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos; Maida Berenice Flores da Silva, de 59; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, filha de Neuza.
Outras três pessoas foram hospitalizadas, incluindo um menino de 10 anos, neto de Neuza e filho de Tatiana, que já recebeu alta.
Zeli também precisou ser internada, mas foi liberada na última sexta-feira (10).
Outro homem da família foi atendido e liberado após passar mal.
As investigações continuam, com o objetivo de esclarecer se a suspeita, cujo nome não foi divulgado, pode estar relacionada a outros episódios de envenenamento envolvendo membros da família.
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