Caso do bolo: Polícia investiga se marido e filho de suspeita foram envenenados
A Polícia Civil solicitou nesta segunda-feira (13) ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) a coleta de sangue do marido e do filho de Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, para averiguar se ambos também foram vítimas de envenenamento.
A suspeita recai sobre Deise, que está temporariamente presa sob acusação de envenenar quatro familiares com arsênio, conhecido como o “rei dos venenos”, entre setembro e dezembro.
Segundo o delegado Cleber Lima, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), o objetivo da análise é detectar a presença de arsênio nos organismos das possíveis vítimas, já que o composto não se degrada.
“Encaminhamos ao IGP a coleta de material de duas pessoas que sobreviveram e que possivelmente foram envenenadas”, explicou o delegado.
Além do marido e do filho, as autoridades investigam se o pai de Deise, José Lori da Silveira Moura, morto em 2020 aos 67 anos por cirrose, também pode ter sido uma vítima.
A exumação do corpo de José está sendo avaliada pela polícia.
A suspeita foi presa no dia 5 de janeiro após indícios de que teria colocado arsênio em um bolo que resultou na morte de três mulheres da mesma família em dezembro, em Torres.
Antes disso, em setembro, o sogro dela, Paulo Luiz dos Anjos, morreu após consumir leite em pó contaminado com o veneno. A confirmação do envenenamento ocorreu após a exumação do corpo de Paulo na semana passada.
Depoimentos e novas evidências
O marido de Deise, e a sogra, Zeli Teresinha dos Anjos, 61 anos, serão ouvidos novamente nos próximos dias.
Outra peça-chave da investigação é a análise de uma garrafa de água que Deise teria levado ao hospital durante uma visita à sogra. O laudo dessa perícia deve ser divulgado ainda nesta semana.
De acordo com a polícia, foi constatado que Deise adquiriu arsênio pelo menos quatro vezes em um período de quatro meses. Duas notas fiscais confirmando a compra do veneno foram localizadas durante as buscas.
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