Foto: Maurício Tonetto/Secom
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Rotterdam e suas praças d’água: uma lição para o RS

A resiliência climática em Rotterdam foi o foco da comitiva gaúcha que visitou a cidade nesta terça-feira (25/2). O grupo conheceu estratégias que tornaram o maior porto da Europa um modelo global de adaptação urbana diante das mudanças climáticas.

Recebidos por autoridades locais, os representantes do Rio Grande do Sul tiveram acesso ao programa “Rotterdam Climate Proof”, iniciativa que converte desafios ambientais em soluções inovadoras, equilibrando infraestrutura urbana e sustentabilidade.

“Rotterdam é um exemplo de como a adaptação climática pode ser incorporada ao desenvolvimento urbano. Não são apenas medidas técnicas isoladas, mas uma estratégia integrada que une infraestrutura verde, tecnologia e planejamento para criar um ambiente mais seguro e habitável”, afirmou o governador Eduardo Leite.

Durante a visita, a delegação conheceu as famosas praças d’água, espaços públicos multifuncionais que funcionam como áreas de lazer em dias secos e reservatórios de retenção em períodos de chuvas intensas. Um dos destaques é a Benthemplein, que pode armazenar até 1.800 metros cúbicos de água, reduzindo a pressão sobre o sistema de drenagem da cidade.

Outro projeto emblemático é o Dakpark, parque linear construído sobre um dique que alia proteção contra inundações, área verde e desenvolvimento comercial. Com mais de um quilômetro de extensão, esse parque elevado exemplifica como a infraestrutura de segurança climática pode se integrar à paisagem urbana sem comprometer sua funcionalidade.

“A experiência em Rotterdam nos ensina que a solução para cidades como Porto Alegre não está apenas em barragens e diques, mas em como integrar a água ao ambiente urbano, tornando-a parte do dia a dia da população”, pontuou Leite.

A cidade holandesa, que tem cerca de 80% de sua área abaixo do nível do mar, transformou essa vulnerabilidade em motor de inovação e desenvolvimento sustentável. Para a comitiva gaúcha, as soluções implementadas em Rotterdam podem servir de inspiração para adaptações semelhantes no Rio Grande do Sul.

A agenda se encerrou com uma visita técnica ao sistema de monitoramento e alerta precoce da cidade, que combina dados meteorológicos, medição de níveis d’água e capacidade de infraestrutura para antecipar riscos e coordenar respostas a eventos extremos.

A missão oficial nos Países Baixos segue nesta quarta-feira (26/2), com a última agenda antes do retorno ao Brasil. A comitiva inclui os secretários da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, o chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, Luciano Boeira, e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.

Rotterdam e suas praças d'água: uma lição para o RS
Foto: Maurício Tonetto/Secom

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