5 passos para superar o medo de dirigir
Para muitas pessoas, dirigir vai além de uma habilidade técnica: é um desafio emocional que pode comprometer a independência e a qualidade de vida. O medo do volante afeta a rotina, limita a mobilidade e, em alguns casos, pode até prejudicar as oportunidades profissionais.
Segundo a psicóloga Cecília Bellina, especialista no tema, esse receio não deve ser encarado como “frescura”, mas como um transtorno psicológico que pode ser superado com as estratégias certas. A seguir, confira 5 passos essenciais para enfrentar e vencer essa barreira!
1. Reconheça o medo e suas causas
O primeiro passo para superar o medo de dirigir é aceitá-lo. “É fundamental entender que esse medo não é fraqueza nem falta de vontade, mas, sim, uma questão psicológica que pode ser trabalhada”, explica Cecília Bellina. Identificar a origem do receio — seja um trauma, insegurança ou falta de prática — ajuda a lidar com ele de maneira mais objetiva.
2. Encare o desafio, mesmo com ansiedade
Esperar que o medo desapareça para começar a dirigir pode ser um erro. “A sensação de segurança não vem antes da prática, mas, sim, durante o processo de enfrentamento”, afirma a especialista. Começar com pequenos trajetos em ambientes controlados pode facilitar a adaptação.
“Um exemplo é dar uma volta no quarteirão e repetir até que a pessoa se sinta confortável. Não deve partir para a segunda volta antes de conseguir completar a primeira sem sentir ansiedade. Quando conseguir realizar o trajeto tranquilamente, aí, sim, pode aumentar para duas voltas, e assim sucessivamente”, orienta Cecília Bellina.
3. Exposição gradual faz a diferença
O avanço deve ocorrer de maneira progressiva para evitar frustrações. “Enfrentar tudo de uma vez pode gerar um bloqueio ainda maior”, alerta Cecília Bellina. O ideal é iniciar em locais com menor fluxo de veículos e, aos poucos, aumentar o nível de exposição ao trânsito.
4. Persista no processo, respeitando seu tempo
Superar um medo de dirigir exige tempo e paciência. “O desconforto inicial é natural, mas tende a diminuir com a prática”, destaca a psicóloga. Monitorar a própria evolução — por exemplo, atribuindo uma nota de 1 a 10 para o nível de ansiedade após cada experiência — pode ajudar a visualizar o progresso.
5. Valorize os ganhos além da direção
Vencer o medo de dirigir não se resume apenas à locomoção. “Quando a pessoa percebe que conseguiu superar uma crença limitante, sua autoestima cresce, impactando outras áreas da vida”, conclui Cecília Bellina. O processo traz mais autonomia, segurança e a sensação de conquista, refletindo no bem-estar geral.
Por Wilson Moço