Veja como a saúde emocional interfere no emagrecimento
Emagrecer se resume somente a seguir um plano alimentar e praticar exercícios. Na prática, não é a comida ou o treino que mais sabotam o processo de perda de peso, mas como lidamos com nossos erros.
Quantas vezes você já “escorregou” na alimentação e pensou: “eu sou fraca, nunca vou conseguir”? Esse padrão de julgamento interno alimenta a culpa e a frustração, que, por sua vez, desencadeiam ainda mais episódios de compulsão e descontrole.
Saúde emocional e o impacto no emagrecimento
Segundo a psicanalista Bruna Abrão, o verdadeiro desafio no emagrecimento não está apenas na balança, mas na relação que a mulher tem consigo mesma. “Muitas chegam até mim dizendo que são incapazes de manter o controle, mas o que realmente acontece é que elas se punem o tempo todo. O perfeccionismo as faz acreditar que um erro anula todo o progresso, levando-as a desistir antes de enxergar resultados reais”, explica.
Cobrar-se excessivamente, esperar um emagrecimento perfeito e sentir culpa a cada tropeço só reforça o ciclo da fome emocional. “A comida se torna um refúgio da própria frustração. Você se sente mal, come para se confortar, depois se sente pior e come novamente. Isso não tem a ver com força de vontade, mas com um padrão emocional que precisa ser reprogramado”, afirma a especialista.
Importância de lidar com os erros sem culpa
A solução não está em dietas mais rígidas ou em tentar ter mais disciplina à força, mas em mudar como você lida com seus erros. “Quem realmente emagrece de forma definitiva não é quem nunca falha, mas quem aprende a continuar mesmo depois de errar. O emagrecimento precisa ser sustentável e emocionalmente saudável. Sem isso, toda tentativa vira mais um ciclo de culpa e desistência”, conclui a psicanalista Bruna Abrão.
Por Daiane Bombarda