Mudanças climáticas

Nesta semana, o mundo assistiu àquele que é considerado por muitos o mais importante dos acordos multilaterais ambientais da história recente. A 15ª Conferência das Partes que acontece em Copenhagen, capital da Dinamarca. Mas por que essa conferência é importante? Primeiramente, porque a Terra é um organismo vivo que, semelhantemente ao nosso corpo, deve ser cuidado para que não se esgote; em segundo lugar porque a conferência pretende estabelecer parâmetros que substituirão o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012.

Em linhas gerais, o protocolo de Quioto é um tratado internacional de compromisso de diferentes países com a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerado a causa do aquecimento global. Sendo assim, a esperança dos ambientalistas e de todos nós é que tenhamos sim mudanças climáticas, mas que sejam no clima das relações externas entre os países mais e menos poluentes. Esperamos que o clima melhore, com os países mais desenvolvidos aceitando reduzir suas emissões, mesmo que em detrimento de um crescimento mais robusto de sua economia.

Nessa semana, houve uma pequena alteração no vento que soprava em nossa Bolsa. Nos dias que antecedem o Natal, onde outrora o verde era a cor dominante (cor que normalmente representa alta nas telas de cotações), tivemos o vermelho (que representa queda), que por sinal é a cor do Natal, com a bolsa encerrando em queda de 0,41% nos 68.794 pontos.

Após seis semanas seguidas de alta seria normal que a bolsa passasse por um momento de correção. É até saudável que isso ocorra, para que possamos seguir de forma mais sustentada buscando outros patamares. Tivemos poucos indicadores que pudessem motivar uma mudança climática na bolsa, seja ela pra cima quanto para baixo. A principal notícia da semana foi a decisão do FED de manter taxa de juros americana inalterada e, mais que isso, a indicação dada em seu comentário de que sua expectativa de inflação para o longo prazo é estável e a taxa de juros deve se manter baixa por um período prolongado nos EUA.

Além disso, essa semana tivemos uma menor liquidez de operações com o volume financeiro de negócios diminuindo. Parece que esta realização foi mais um refresco, uma parada para retomar o fôlego.