Feminicídio em Montenegro: Julgamento será na sexta-feira

Feminicídio em Montenegro: Julgamento será na sexta-feira, a partir das 8h, no Salão do Júri da Comarca de Montenegro, marcando um importante passo no processo que apura a morte da…
Feminicídio em Montenegro

Feminicídio em Montenegro: Julgamento será na sexta-feira, a partir das 8h, no Salão do Júri da Comarca de Montenegro, marcando um importante passo no processo que apura a morte da personal trainer Débora Michels, assassinada em janeiro de 2024.

O caso chocou a cidade de Montenegro, no Vale do Caí, e gerou grande comoção pública.

O acusado, de 49 anos, responde por homicídio qualificado por feminicídio, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

A sessão será presidida pela Juíza de Direito Débora de Souza Vissoni, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Montenegro.

O júri será realizado na Rua Dr. Amaury Daudt Lampert, 303, andar térreo, Bairro Senai, com transmissão ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) no YouTube.

Feminicídio em Montenegro

O crime aconteceu na madrugada do dia 26 de janeiro de 2024, na residência do casal. Segundo o Ministério Público, o assassinato foi premeditado e teria sido motivado pela inconformidade do acusado com o fim do relacionamento.

Após cometer o crime, ele teria transportado o corpo da vítima em seu carro e o abandonado em frente à casa dos pais dela. Débora Michels, de 30 anos, teve a morte causada por asfixia mecânica, conforme atestado na certidão de óbito.

A prisão preventiva do acusado foi decretada no dia seguinte ao crime, em 27 de janeiro de 2024. Desde então, ele permanece detido na Penitenciária Estadual de Canoas I.

O júri popular, anteriormente agendado para o dia 6 de março, foi adiado após o réu revogar os poderes concedidos à sua defesa técnica um dia antes do julgamento.

Na acusação atuam a Promotora de Justiça Rafaela Hias Moreira Huergo e a Assistente de Acusação Samanta Dannus. Já a defesa será feita pelo advogado Ezequiel Vetoretti.

Durante o julgamento, estão previstas as oitivas de seis testemunhas — três de acusação e três de defesa — além do depoimento de um perito e o interrogatório do acusado.

A Promotoria aponta como agravante do crime o sentimento de posse demonstrado pelo acusado em relação à vítima.

O caso, além de escancarar a brutalidade dos crimes de feminicídio, levanta discussões sobre a importância da proteção às mulheres em contextos de violência doméstica e familiar.

A cobertura completa do julgamento será acompanhada pela imprensa e poderá ser assistida pela população através da transmissão online promovida pelo TJRS.

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A expectativa é de que o júri tenha grande repercussão, devido à gravidade dos fatos e à comoção social provocada pelo caso de Débora Michels.

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