A palmeira-leque é uma planta de presença imponente e estética escultural, conhecida por suas folhas amplas em formato de leque que trazem elegância instantânea a qualquer jardim ou ambiente interno. Porém, não é raro ver essa beleza tropical sofrendo com folhas ressecadas, quebradiças ou queimadas nas bordas, o que compromete não apenas sua aparência, mas também sua saúde a longo prazo.
Se a sua palmeira-leque está com sinais de ressecamento, saiba que isso não é apenas uma reação natural ao clima — na maioria dos casos, há um erro específico e recorrente no cultivo que está passando despercebido.
O charme da palmeira-leque e sua exigência natural
Originária de regiões tropicais e subtropicais, como sudeste asiático e Oceania, a palmeira-leque — cujo nome botânico mais comum é Licuala grandis — é uma planta que aprecia ambientes úmidos, solo leve e sombra parcial. Suas folhas largas, que se abrem como um leque, têm um papel vital na captação de luz difusa e na transpiração equilibrada.
Por isso, quando essas folhas começam a apresentar bordas queimadas, aspecto seco ou coloração amarelada, algo está fora do padrão ideal que a planta exige.
O erro mais comum: ar seco e baixa umidade ambiental
O fator mais frequente no ressecamento das folhas da palmeira-leque não está no solo nem na adubação — mas sim no ar ao redor da planta. Ambientes internos com baixa umidade relativa, excesso de ventiladores ou ar-condicionado, e locais muito expostos ao sol direto provocam um desequilíbrio hídrico nas folhas.
Essa palmeira transpira bastante pelas folhas, e em ambientes secos ela perde mais água do que consegue absorver pelas raízes, resultando no ressecamento visível principalmente nas bordas.
Como identificar o ressecamento causado pelo ambiente
Você pode reconhecer esse problema observando os seguintes sinais:
-
Folhas novas que crescem com pontas já amareladas;
-
Bordas com coloração marrom e textura quebradiça;
-
Curvatura irregular das folhas, como se estivessem “fechando”;
-
Poeira ou perda de brilho natural da folha.
Se esses sintomas aparecem mesmo com regas regulares, o problema não está na terra, mas no clima do local.
Soluções para ambientes internos secos
Se a sua palmeira-leque está dentro de casa ou em varandas fechadas, você pode adotar algumas medidas eficazes para aumentar a umidade ao redor da planta:
-
Use umidificador de ar, especialmente nos meses mais secos do ano;
-
Agrupe plantas próximas umas das outras para criar um microclima úmido;
-
Borrife água nas folhas diariamente, mas sempre em horários com pouca luz;
-
Coloque o vaso sobre um prato com pedrinhas e água, sem que o fundo toque diretamente a água.
Esses cuidados ajudam a replicar o ambiente tropical do qual essa palmeira se originou.
Solo e rega: evite extremos

Outro fator que contribui para o ressecamento das folhas é o manejo inadequado da rega. O solo da palmeira-leque deve ser levemente úmido, nunca encharcado. Regas espaçadas demais em solo seco contribuem para o colapso das folhas, assim como regas excessivas em solo sem drenagem causam podridão radicular — o que também reflete nas folhas, com sinais de ressecamento e manchas escuras.
Use um substrato rico em matéria orgânica, com adição de areia grossa, perlita ou fibra de coco para garantir boa drenagem. E sempre cheque a umidade com o dedo antes de regar novamente.
Exposição solar: luz difusa é o ideal
Apesar de ser uma planta tropical, a palmeira-leque não tolera sol direto por longos períodos. Suas folhas delicadas queimam com facilidade, especialmente nas horas mais quentes do dia. Se estiver em local com luz solar intensa, use cortinas translúcidas ou sombreamento parcial para protegê-la.
O ideal é manter a planta em um espaço com luz indireta e boa ventilação, como próximo a janelas voltadas para o leste ou com incidência solar suave.
Poda correta ajuda a recuperar o visual
Folhas muito danificadas não se regeneram, então a melhor prática é podar cuidadosamente as partes ressecadas com tesoura esterilizada. Isso não só melhora o visual da planta, como também evita o desperdício de energia tentando manter folhas comprometidas.
Evite cortar folhas ainda parcialmente verdes ou centrais — foque nas folhas externas e mais antigas.
Reforço nutricional para folhas mais resistentes
A palmeira-leque também se beneficia de adubações regulares com formulações equilibradas (como NPK 10-10-10) ou adubos orgânicos ricos em potássio e magnésio, que ajudam na retenção de água pelas folhas.
Adube a cada dois meses durante a primavera e o verão, evitando exageros no inverno.
Adapte o ambiente, não a planta
A palmeira-leque não é exigente — ela apenas não tolera ambientes que fogem de suas origens tropicais. Por isso, o segredo não está em tentar “forçá-la” a se adaptar, mas sim em ajustar luz, umidade e solo para que ela possa expressar sua beleza plena.
Ao fazer isso, você garante não só folhas verdes e vistosas, mas uma planta saudável que transforma qualquer espaço com seu charme exótico.