Gripe aviária é o termo que acende o alerta em todo o Rio Grande do Sul após a confirmação de infecções pelo vírus da influenza aviária em animais de uma granja localizada no município de Montenegro e em espécimes do Zoológico de Sapucaia do Sul.
O governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual da Saúde (SES), intensificou imediatamente o monitoramento das pessoas que tiveram contato direto com aves contaminadas ou seus restos mortais, seguindo rígidos protocolos sanitários definidos para a vigilância da doença.
Desde o último dia 16 de maio, trabalhadores da granja e funcionários do zoológico passaram a ser acompanhados com rigor por equipes técnicas, a fim de detectar eventuais sintomas compatíveis com casos suspeitos da gripe aviária em humanos.
Segundo a SES, até o momento, apenas um trabalhador da granja apresentou sintomas gripais e foi imediatamente colocado em isolamento domiciliar.
A coleta de amostras foi realizada e encaminhada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que é o laboratório de referência nacional para análises de vírus respiratórios.
O resultado do exame deverá ser divulgado ainda nesta semana.
De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), o risco de infecção por gripe aviária em humanos continua sendo considerado baixo, especialmente para a população em geral.
A doença, conforme alertam os especialistas, não é transmitida pelo consumo de carne de frango, ovos ou outros alimentos bem cozidos.
A forma mais comum de contágio ocorre em indivíduos que mantêm contato próximo, direto e prolongado com aves doentes — vivas ou mortas — ou com mamíferos infectados.
O protocolo oficial determina que, a partir da confirmação de infecção pelo vírus da influenza aviária em animais, qualquer pessoa que tenha tido contato próximo com esses animais passa automaticamente a ser monitorada por um período de até 10 dias.
No entanto, para que seja formalmente enquadrado como caso suspeito humano, é necessário que o indivíduo apresente simultaneamente sintomas clínicos e vínculo epidemiológico com aves infectadas ou seus resíduos.
Segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram confirmados 72 casos de gripe aviária em humanos entre janeiro de 2024 e maio de 2025, com registros nos Estados Unidos, Canadá e México — o que mantém acesa a preocupação das autoridades globais sobre a vigilância da doença em humanos.
O governo do Rio Grande do Sul assegura que segue padrões internacionais de controle sanitário e reforça que todas as medidas preventivas foram adotadas desde a detecção inicial dos focos nos animais.
A Secretaria da Saúde também recomenda que a população evite qualquer contato com aves silvestres ou domésticas doentes e procure imediatamente os serviços de saúde caso apresente sintomas gripais após exposição a esses animais.