Colunistas

Nossa Responsabilidade

A sociedade cresceu, ascendeu economicamente, globalizou-se, informou-se e formou-se… Ao mesmo tempo tornou-se mais frenética, agitada, ocupada e, acima de tudo, egocêntrica.  É a evolução dos tempos!   Haverá uma razão para isto?! Há, e esta é bastante evidente!

O homem nasce livre. Segundo o conceito; o homem é livre quando cumpre plenamente os seus direitos e deveres. Mas, o que acontece hoje se percebe facilmente. O home na maioria das vezes, passa da liberdade para a egocentricidade. Achando-se dono do mundo, faz o que quer e bem lhe apetece. Esquecem-se de que a sua liberdade termina onde começa a liberdade do outro.

Continuamente as pessoas surpreendem-me. Pensam,  que podem fazer tudo o que desejam. Fazem  o que fazem com absoluta certeza da impunidade. E, isto é perceptível  a qualquer momento e em qualquer lugar.

Cito abaixo, algumas das atitudes de desrespeito ao bem coletivo que mais me deixam extremamente indignada:

* Estar dirigindo e ver que, o motorista da minha frente depois de beber a sua garrafinha de refrigerante ou água, lançá-la para fora do carro, sem se preocupar com as conseqüências do seu ato.

* Fumantes jogarem tocos de cigarro nos gramados ou  em lugar que outros tenham que limpar.

* Cidadãos que depois de uma reforma em suas casas, uma limpeza de  pátio , corte de grama, ou troca de móveis velhos por novos, colocarem este  lixo na calçada do seu vizinho, ou em terreno baldio.

* Furar filas com a desculpa de pressa, uma situação bem comum.

Há também aqueles que  praticam ilegalidades, ou mesmo crimes, sem que sejam punidos por eles. E o fato de algumas destas pessoas serem figuras importantes na sociedade só faz com que sejam tomadas como exemplo. Ora, se fulano fez e nada aconteceu à ele, porque não  fazer também. Por outro lado, a própria sociedade parece não reagir perante ilegalidades, imoralidades tidas ou aceitas como “normais”. Quantas pessoas se gabam de ludibriar o sistema? Muitas, com certeza. Isto continuará acontecendo até quando? Quando deixaremos de  manter nossa atitude do tipo, não tenho nada com isso.

O que precisamos e de maneira urgente, é de uma sociedade consciente. Traduzindo; uma sociedade que se puna internamente. Que cobre. O que quero dizer é: porque é que em vez de acharmos uma esperteza quando alguém nos conta que enganou o estado, não lhe explicamos que ao fazer tal coisa está é roubando de nós mesmos. Porque não chamamos  a atenção  daquele aqueles que atiram  seus lixos nas vias?  Será que temos medo de tomar uma atitude correta?

Porque a grande maioria da sociedade vive nesta passividade, neste medo de repreender o outro.  Porque pessoas não denunciam a violência doméstica? Ou quando denunciam, já é quase tarde. Continua-se a viver com aquele antigo pensamento que preconizava; “entre marido e mulher não se mete a colher”.

Garanto que ao ler este artigo, alguns dirão. Não temos nada com isso, deixe prá lá! Vamos respeitar o sagrado direito de ir e vir. Não concordo! Mesmo preservando a individualidade de cada um ou de cada grupo, temos uma responsabilidade social, civil e moral para com todos os seres vivos. E, é essa responsabilidade que me legitima a repreender quem não respeita os demais sem peso algum na consciência.

Pensemos seriamente no bem da coletividade. A vida em sociedade ficará  mais fácil quando conseguirmos entender que dependemos uns dos outros para viver melhor. Que trabalhando pelo bem da coletividade somos melhores e mais fortes.

Um abraço.

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