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Setor público tem resultado negativo pela primeira vez no ano

O setor público registrou, pela primeira vez no ano, déficit primário de R$ 216 milhões em março, segundo informou hoje (30) o Banco Central (BC), o pior resultado para o período desde o início da série histórica, em dezembro  de 2001. No mesmo mês de 2009, foi observado superávit primário de R$ 7,929 bilhões.

O superávit primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Quando as despesas são maiores que as receitas, o resultado é déficit primário. Em março, o resultado negativo foi puxado pelo déficit primário de R$ 3,912 bilhões do Governo Central, formado pelo Tesouro, Banco Central e pela Previdência.

Os governos regionais – estaduais e municipais – apresentaram superávit primário de R$ 3,342 bilhões. As empresas estatais tiveram resultado primário também positivo de R$ 354 milhões.

No mês passado, os gastos com juros nominais somou R$ 16,857 bilhões, contra R$ 14,672 bilhões registrados em março de 2009.

Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal. Em março, foi registrado déficit nominal de R$ 17,073 bilhões, ante R$ 6,743 bilhões observados no mesmo mês do ano passado.

De janeiro a março, o BC mostra que houve superávit primário de R$ 16,827 bilhões, contra R$ 18,810 bilhões em igual período de 2009. No trimestre, o governo central registrou superávit primário de R$ 8,925 bilhões e os regionais, de R$ 9,179 bilhões. As empresas estatais tiveram déficit nominal de R$ 1,276 bilhão. O resultado trimestral foi o menor da série  histórica para o período, iniciada em 2002.

Em 12 meses encerrados em março (resultado anualizado), o superávit primário é de R$ 62,535 bilhões, que correspondem a 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de bens e serviços produzidos no país. A meta do governo para o ano é de 3,3% do PIB.

De janeiro a março, os gastos com juros nominais ficaram em R$ 44,979 bilhões. Nesse período, foi registrado déficit nominal de R$ 28,151 bilhões.

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