Democracia
Há. Porém não se comparam com as de outros países: Ucrânia, Egito, Venezuela, sem falar na Síria que é um caso â parte. Nesses a repressão gera centenas de vítimas, muitas fatais.
Aqui as opiniões se dividem entre os que profligam por maior segurança e contenção e aqueles que consideram “violência policial inadmissível” as atuações oficiais. FELIZMENTE NINGUÉM ANSEIA POR UM BANHO DE SANGUE. Respaldando minha assertiva apresento uma sinopse de manifestações, tanto de pessoas da comunidade como de autoridades dos mais diversos escalões.
Inicio com um excerto da crônica e Sérgio Agra:
-“Municiar ativistas (?) regiamente pagos com morteiros está amparado pelo manto da legitimidade? Socorro, para o mundo que eu quero descer”. (Litoralmania. 17/02/2014)
Fábio Mariani, Defensor Público e Professor de Direito Processual Penal – FACOS:
-“O Art. 5º da Carta Magna estabelece que: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (…)”. Contudo, como nenhum direito fundamental é absoluto oi ilimitado, o próprio inciso IV, do mesmo artigo, assevera: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.“O Estado Democrático de Direito não significa anarquia ou ausência de normas.Ao contrário, aqueles que não assumem o que fazem e que usam a violência em manifestações que deveriam ser pacíficas estão agindo fora da lei, estão transbordando seu direito” e como tal estão sujeitos à responsabilização jurídica de seus atos impensados e inconsequentes”.(Litoralmania. 18/02/2014)
Maria Laura Canineu, diretora do HumanRightWatch (RHW):
-“Vemos com bastante apreensão o uso da força pela polícia nessas ocasiões, atingindo inclusive jornalistas, agindo arbitrariamente contra estudantes e outros manifestantes. Esse é, sim, motivo de nossas preocupações dentro do relatório”. (Zero Hora, 21/01/2014)
Gilberto Carvalho, Ministro Secretário Geral da Presidência da República:
-“O governo Federal procura naturalizar as manifestações. Em um país democrático é impossível se ter um movimento desta magnitude sem se ter setores que tenham discordância ou que se contraponham ao evento se manifestem. Vamos procurar ao máximo o diálogo”. (Zero Hora, 25/02/2014)
-“E muitas vezes cabe a nós, do Executivo, a tarefa inglória e ingrata de cumprir uma ordem com a qual, podemos não estar de acordo, mas que, como homens públicos, temos que cumprir. (Variedades, 19/02/2014)
Mendes Ribeiro Filho, Deputado Federal, PMDB:
-“Precisamos tratar bandido como bandido e mocinho como mocinho. Estamos â beira dum colapso das forças policiais. Os nossos brigadianos precisam ser tratados com respeito para que possam resgatar sua própria dignidade.
Dilma Rousseff, Presidente da República:
-“Não é possível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas. A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usado para matar, ferir, agredir e ameaçar, nem depredar patrimônio público ou privado. (Correio do Povo, 20/02/2014)