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Cuba divulga demissão de cerca de 500 mil servidores

O governo de Cuba divulgou informações sobre o pacote de demissões de cerca de 500 mil funcionários públicos. As autoridades cubanas asseguram que vão dar todas as garantias aos demitidos e afirmam que as medidas de ajuste são necessárias para tornar a eonomia “eficiente” e com “melhor distribuição de riqueza”. As informações são do jornal oficial cubano, Granma.

As autoridades asseguraram que os trabalhadores exonerados terão garantias do Estado para iniciar os projetos autônomos. “Nesse processo, ninguém será abandonado à sorte. Cuba reorganiza sua economia e suas forças produtivas a fim de torná-las mais eficientes e aumentar seu padrão de vida”, informa a matéria publicada no jornal.

A sugestão é que aquele que deixar o funcionalismo público assuma uma postura eficiente pois, ao contrário do que ocorre neste momento político e econômico de Cuba, passará a ser indispensável. “Faça cada trabalho de forma eficiente”, diz o texto.

A reportagem informa ainda que o governo paga salários a cerca de 1,5 milhão de pessoas por ano, número considerado elevado. Para readequar as necessidades do país, as autoridades sugerem que os cubanos passem a se interessar pelas atividades agrícolas, uma vez que metade das terras está improdutiva.

Na matéria também há uma espécie de admissão de culpa quando o governo reconhece que o resultado “do mau planejamento da economia” gerou o “desequilíbrio econômico”. Porém, as autoridades alegam que o que ocorreu em Cuba foi consequência da situação financeira internacional causada pela alta dos preços de importação e a redução dos preços de exportação.

Segundo a reportagem, os critérios para as demissões serão definidos de acordo com as orientações de cada sindicato e mais os comitês do governo – formado por especialistas e autoridades. Também serão aceitos pedidos de adesão. Neste caso, os interessados devem procurar as representações de classe e encaminhar as solicitações.

O Estado em Cuba é responsável por mais de 80% da força de trabalho. A meta do governo Raúl Castro é demitir aproximadamente 1 milhão de servidores até 2015. O objetivo é enxugar a máquina admistrativa, conter os gastos, investir mais em programas específicos e driblar os efeitos do embargo econômico – imposto a Cuba pelos Estados Unidos desde 1962.

A reportagem publicada no Granma diz que é necessário aumentar a arrecadação de impostos por meio de investimentos na iniciativa autônoma. De acordo com o texto, o governo Castro não substituiu o socialismo pelo capitalismo, apenas adaptou-se às circunstâncias. A ideia é abrir o mercado para 178 atividades independentes.

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