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Novo Parlamento de Cabo Verde será eleito em 6 de fevereiro

As eleições para o novo Parlamento de Cabo Verde estão marcadas para o dia 6 de fevereiro do ano que vem e as eleições presidenciais devem ocorrer seis meses depois. O anúncio foi feito pelo presidente Pedro Pires, depois de ouvir todos os partidos políticos e reunir-se com o Conselho da República.

Pires disse que não seria bom que a campanha fosse muito longa, gerando “maiores ansiedades”. Segundo o presidente, país pequeno e de economia aberta ao exterior, Cabo Verde tem “a obrigação de garantir a confiança” das instituições, dos parceiros e investidores externos.

A marcação da data das eleições cabo-verdianas, como em vários outros países africanos, cabe ao presidente da República. As últimas eleições foram realizadas em janeiro de 2006. No Brasil, por exemplo, ela é estipulada na Constituição Federal (no primeiro domingo de outubro, a cada quatro anos).

Alguns partidos, como a União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (Ucid), queria que as eleições ocorressem em 27 de março, depois do carnaval (8 de março). O partido do presidente – Partido Africano da Independência de Cabo Verde (Paicv) – não anunciou a preferência. O Movimento para a Democracia (MpD) preferia o pleito no fim de fevereiro, para que o recenseamento no exterior pudesse durar mais tempo.

País formado por pequenas ilhas no Oceano Atlântico, Cabo Verde tem mais da metade de seus cidadãos morando no exterior, principalmente nos Estados Unidos, em Portugal, na Holanda, em Angola, no Senegal e Brasil. Estima-se que, hoje em dia, sejam 500 mil cabo-verdianos morando no país e um número ainda maior vivendo fora. O recenseamento eleitoral já começou em vários países. Em alguns, como Bélgica, está atrasado.

No ano passado, o fenômeno inverso também foi marcante: a chegada de novos habitantes estrangeiros ao país cresceu 20%, totalizando 12 mil pessoas, a maioria procedente da Guiné-Bissau.

Sem recursos minerais ou grandes terras para a agricultura, Cabo Verde depende muito do turismo. No ano passado, uma crise no setor trouxe fortes impactos. Também houve queda significativa no investimento estrangeiro direto.

Neste ano, as receitas fiscais também devem ser menores do que em 2008. O governo cortou 18 milhões de euros nas despesas. Na semana passada, a União Europeia aprovou um financiamento de metade desse valor.

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