Execrado na Copa do Mundo de 1990, campeão mundial em 1994 e vice em 1998 – as duas últimas como capitão -, Dunga é o novo técnico da seleção brasileira.
Considerado um líder nato pelos que trabalharam com ele na seleção, Dunga declarou, por meio do site da CBF, que priorizará, junto dessa característica, outros valores defendidos por ele desde a sua época de jogador.
“Quero trazer para a seleção brasileira a mesma vontade que tive como jogador. Vibração, motivação e vontade de vencer são imprescindíveis para vestir a camisa da seleção brasileira”, disse o novo treinador.
A “vibração” e a “motivação” citadas por Dunga também fazem eco no discurso do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. “A escolha do Dunga vai atingir em cheio o anseio dos torcedores brasileiros que querem na seleção um treinador vibrante”, afirmou o cartola ao site da entidade
Durante o Mundial da Alemanha e após a eliminação, Teixeira e aliados se irritaram com o que consideraram passividade de Carlos Alberto Parreira, técnico de Dunga em 1994, frente ao time pentacampeão.
Havia consenso que o Brasil, apesar de vencer seus quatro primeiros jogos, não produzia ao máximo de sua capacidade tanto individualmente como coletivamente.
Alguns líderes do grupo, como Cafu,36, e Roberto Carlos,33, tiveram suas escalações sistematicamente questionadas por jornalistas e torcedores, mas foram mantidos no time pelo treinador. O lateral-direito fez parte da seleção de 1994.
Os integrantes da comissão técnica serão anunciados nos próximos dias. Concluída a transição, será feita a convocação para o amistoso da seleção brasileira contra a Noruega, no dia 16 de agosto, em Oslo.
Com Dunga no comando, a geração de 94 ganha ainda mais força dentro da CBF. De acordo com o site oficial da entidade, haverá uma “reformulação” nos procedimentos da seleção brasileira na qual Branco, lateral na conquista do tetra, terá voz ativa.
A cúpula da CBF quer um trabalho integrado entre a comissão técnica da seleção principal e a das divisões de base, que é coordenada por Branco.