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Prefeitos apóiam arrozeiros na questão do rio dos Sinos

Entendimento. Essa foi a palavra de ordem ouvida com mais freqüência durante a audiência pública realizada na manhã dessa quinta-feira (22/12) na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa.

O prefeito Daiçon Maciel da Silva teve o consenso dos arrozeiros, deputados e colegas de Caraá e Nova Santa Rita que também participaram do evento ao defender a necessidade de um amplo entendimento para superar o impasse.  Daiçon entende que se discute muito a qualidade, esquecendo-se do fator quantidade, ou seja: pouca água no verão e muita água no inverno. Em qualquer das duas situações sempre haverá problemas: um de natureza econômica: o arroz. De outro, a questão social: ou a falta dágua para o abastecimento das populações que dependem do rio, ou as inundações que causam sérios problemas especialmente no inverno.

Suspender a atividade centenária dos arrozeiros que plantam às margens do rio não é a melhor solução. Mesmo porque, como indagou o presidente da Federarroz Renato Rocha, será que o Estado terá como indenizar os agricultores que tiverem que suspender suas atividades caso haja uma determinação nesse sentido? Frisou o dirigente arrozeiro que a classe não se furta a discutir o assunto, mesmo porque a questão de abastecimento interessa a todos. “Mas devemos encontrar soluções e não culpados”, esclareceu.

Todos reconhecem a gravidade da situação, porém é fundamental que haja entendimento a fim de que essa situação seja contornada. Mesmo que não seja a melhor alternativa, o acordo firmado à tarde em São Leopoldo na reunião do Comitesinos parece aliviar um pouco os ânimos: sempre que o nível do rio estiver 72 centímetros acima da bomba da Comusa em Novo Hamburgo, 80 cm na bomba da Corsan em Campo Bom e 60 cm acima da bomba do Semae em São Leopoldo, a retirada da água será interrompida por 48 horas. Mas se os níveis se mantiverem depois das 48 horas estabelecidas, a retirada de água poderá recomeçar por mais idêntico período, sempre de acordo com avaliações periódicas por parte dos técnicos.

E se o nível do rio ficar abaixo do que ficou determinado, as captações ficarão suspensas até que o rio retorne ao seu nível normal.

Se na audiência na Assembléia os arrozeiros saíram mais animados, em São Leopoldo, no Comitesinos, o que ficou decidido não é a melhor solução. Mas certamente é a melhor alternativa, pelo menos a curto prazo.

Além do prefeito, estiveram presentes os secretários da Agricultura e Meio Ambiente Ivo Roberto de Paula e da Administração Manoel Adam, bem como o diretor do Departamento de Meio Ambiente Alexandre Gomes, a coordenadora do programa de Educação Ambiental Não Formal Milena Mohr, além de lideranças do setor arrozeiro de Santo Antônio da Patrulha.

O prefeito de Caraá Nei Pereira dos Santos e demais lideranças daquele município igualmente se fizeram presentes.

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