Educação

Declaração de que Governo Tarso não pagará Piso do Magistério “beira o calote eleitoral”, diz deputado

A manifestação do secretário da Fazenda, Odir Tonollier, de que “o Piso Nacional do Magistério é impagável” pelo atual governo provocou forte reação do líder da bancada do PMDB, deputado Giovani Feltes.

“Isso beira o calote eleitoral. Passaram um ano enrolando para agora admitir que tudo não passava de promessa com o único objetivo de ganhar o voto dos professores”, criticou Feltes.

Maior ainda é a irritação do deputado diante da alegação de Tonollier, que culpa o reajuste de 22% no Piso como impeditivo de sua implementação até 2014: “será que o governador Tarso Genro (PT), como ministro da Educação que subscreveu a Lei, desconhecia que o valor teria correções anuais?, questionou o líder peemedebista. A Lei 11.738, de julho de 2008, prevê no artigo 5º que o piso salarial ao magistério público de todo o pais será corrigido no mês de janeiro de cada ano.

Com o reajuste deste ano, o valor atual de R$ 1.187,00 passará para um valor ao redor de R$ 1.450,00. “É lamentável, mas a confirmação de que o Piso não será pago é mais uma comprovação de que o o governo do PT é um governo placebo. Anuncia soluções mágicas que têm efeito apenas para quem quer acreditar”, acrescentou o deputado. Feltes lembra que, ao longo de 2011, o governo prometia anuniciar um calendário tão logo fosse definido o índice. “Já alertávamos quando da votação do Plano Plurianual de que o pagamento do Piso ficaria para o próximo governo. Lançaram valores no orçamento deste ano que são insuficientes, quase que fictícios”, resumiu.

De concreto em relação ao Piso, reforçou o líder da oposição, é a ação cautelar que Tarso ingressou no STF (Supremo Tribunal Federal) para não cumprir com a lei. Feltes classifica a manifestação textual do secretário da Fazenda, de que “não terá o Piso como referência no RS” como uma prova definitiva de que o Governo Tarso prioriza “aqueles que menos precisam”, referindo-se ao tratamento diferenciado em relação aos servidores com os maiores salários na comparação com professores e agentes da Segurança Pública.

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