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EUA não confirmam morte de Bin Laden

O Governo dos Estados Unidos disse hoje que não pode confirmar as informações, publicadas na França, de que o líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama Bin Laden, teria morrido de tifo no Paquistão. Fontes oficiais e de inteligência americanas disseram que não foi possível confirmar tais informações, publicadas hoje pelo jornal francês L'Est Républicain, citando dados dos serviços secretos sauditas.

Em declarações à rede de televisão CNN, Peter Berger, especialista em questões de terrorismo, mostrou-se “extremamente cético” em relação à notícia e lembrou que não é a primeira vez que se divulgam rumores sobre a morte do homem mais procurado do mundo.

A confusão em torno do assunto aumentou nas últimas horas por causa de uma informação publicada na edição digital da revista Time que assegura, citando a uma fonte saudita, que Bin Laden está gravemente doente. A mesma fonte considera que existe uma “alta probabilidade” de que o líder terrorista já tenha morrido de tifo, embora reconheça que as autoridades sauditas não têm nenhuma prova ou dado que confirme a morte de Bin Laden.

Os rumores começaram quando o jornal regional francês L'Est Republicain publicou uma notícia informando que, de acordo com um relatório do serviço secreto francês, a Arábia Saudita estaria convencida de que Bin Laden havia morrido de febre tifóide no Paquistão no fim de agosto. O governo francês disse que não podia confirmar o relatório e iria investigar o vazamento da informação da inteligência. O Departamento de Estado americano não fez comentários imediatos e estava estudando os relatórios.

Rumores periódicos
Informações na imprensa indicando que Bin Laden estaria morto, seriamente ferido ou doente têm aparecido periodicamente ao longo dos anos, especialmente durante longos períodos de tempo sem mensagens datilografadas do líder da Al-Qaeda. Autoridades americanas acreditam que a morte de Bin Laden seria acompanhada de um aumento na troca de e-mails e telefonemas entre membros da Al-Qaeda, se não de um anúncio de fato partindo da rede militante.

Mas as autoridades disseram não ter conhecimento da ocorrência desta troca de informações nas últimas semanas. Um fator que aumenta a especulação sobre a morte de Bin Laden é o fato de ele não ter sido visto em um novo vídeo desde o fim de 2004, enquanto o número dois da rede, Ayman Al-Zawahri, apareceu algumas vezes em vídeo desde então.

Mas Bin Laden, 49 anos, de origem saudita e cuja captura vale 25 milhões de dólares, divulgou várias fitas de áudio este ano, que foram autenticadas pela inteligência americana. Sua última gravação veio à tona em julho. Nela, Bin Laden alertou a maioria xiita do Iraque sobre a retaliação dos ataques contra árabes sunitas e disse que a Al-Qaeda combateria os Estados Unidos em qualquer lugar do mundo.

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