Governo quer distribuir 1 milhão de laptops de US$ 100 em 2007
O Governo Federal tem como meta distribuir cerca de 1 milhão de laptops de US$ 100 nas escolas públicas de ensino médio e fundamental em 2007. “Em janeiro receberemos pelo menos mil unidades do computador portátil educacional”, revela José Luiz de Aquino, Assessor da Presidência da República.
“As primeiras 50 máquinas de teste chegam ao Brasil antes do fim do ano”, antecipa o assessor. Esses primeiros modelos fazem parte do projeto “One Laptop Per Child”, do pesquisador Nicholas Negroponte. Em visita ao Brasil, nesta sexta-feira, 24/11, o pesquisador entregou ao presidente Luís Inácio Lula o primeiro laptop de US$ 100, um XO desenvolvido pela Quanta, de Taiwan.
“As primeiras unidades deste modelo serão distribuídas para centros de pesquisa e algumas escolas que testarão as potencialidades técnicas e pedagógicas do computador”, explica. Entre as entidades que receberão o laptop estão LSI (Laboratório de Sistemas Integrados) da USP (Universidade de São Paulo), o Cempra (Centro de Pesquisas Renato Archer) de Campinas (SP) e o CERTI (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras) de Florianópolis (SC). “Estas instituições irão avaliar tecnicamente o computador portátil”.
O teste pedagógico, realizado nas salas de aula, será coordenado pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura). “O MEC vai selecionar as escolas que farão parte do piloto do laptop de US$ 100. O objetivo é ver como o equipamento funcionará nas salas de aula com os alunos e professores”, ressalta Aquino.
Nessa primeira fase a meta é avaliar se o conceito do computador portátil no sistema de ensino público brasileiro funcionará, conta o assessor. “Temos que treinar os professores e colocar Internet nas escolas, depois pensar em uma compra em larga escala”, constata.
Em paralelo a isso, o governo está negociando outros modelos de notebooks educacionais. “Estamos avaliando o ClassMate, da Intel e o Mobilis desenvolvido pela empresa indiana Encore”, conta Aquino. “O modelo da Intel é um pouco mais caro, mas o que importa são as funcionalidades e a performance dele na sala de aula”.